sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
23º Novembro
Esperamos tanto por tantas coisas que acabamos nos acostumando a viver esperando. Algumas esperas mais demoradas e exaustivas, outras menores e mais cômodas. Algumas esperas necessárias, e outras completamente desnecessárias, das quais tomamos posse por puro “costume”, por mania de esperar.
Ficamos desatentos, e transformamos nossa vida em uma “sala de esperas” sem fim! E daquelas bem insuportáveis... Com revistas velhas das quais já conhecemos todo o conteúdo; com pessoas chatas do nosso lado, com quem não conseguimos criar diálogos para deixar o tempo um pouco mais agradável. Esperamos sem saber por que, nem muito menos o quê. Simplesmente por comodismo, sentamos e esperamos.
Em alguns momentos, como já foi citado, é preciso aguentar a chatice da sala de espera. Mas em outros não! Podemos levantar e sair por aí passeando em quanto não chega a nossa vez...
Pena que até involuntariamente o costume de esperar passa a fazer parte de nós, e, mesmo sem querer, esperamos sempre... Por tudo e por todos. É aí que damos de cara com as filhas da espera (que conseguem ser mais insuportáveis do que sua mãe), as expectativas!
Essas garotinhas temperamentais que, embora consigam ser legais algumas vezes, são intragáveis na maior parte do tempo. Elas nos distraem e nos iludem enquanto sua mãe nos aprisiona. Confiamos demais nas expectativas e só percebemos que elas (no caso, nós mesmos) nos enganaram quando a espera se cansa de nós e vai embora levando suas filhas. E fica aquele vazio, que não existia, mas que permitimos que fosse criado pelas serelepes expectativas que nos ludibriavam.
O perigo está exatamente aí... Muitas vezes esperamos por nada! Queremos que o mundo nos ofereça mais do que ele pode nos oferecer naquele momento... E em vez de olhar com satisfação e agrado para o que podemos ter, prestamos atenção no silêncio deixado naquele espaço que era ocupado pelas expectativas...
E por aí vai... Esperamos, esperamos, esperamos... A sensação de que o tempo está passando mais rápido aumenta a cada dia! E continuamos esperando... Cá estamos de novo, novembro já se foi pela 23ª terceira vez... E eu só consigo me perguntar: quanto tempo já desperdicei nesta sala de espera?
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Capim Santo
Depois de muito tempo caminhando sobre o asfalto devo confessar que havia me esquecido do quanto é prazeroso caminhar no chão de terra. Havia me esquecido da satisfação que dá acumular poeira nos pés, olhar cada recantinho do chão para não pisar em espinhos... dentre outras tantas “aventuras” que a cidade não costuma nos proporcionar.
A água morna da mangueira. O sol que, mesmo se escondendo, esquenta sem piedade. A poeira fina da estrada que se acumula no carro e, por conseqüência, também se acumula em nós, em nossas roupas, em nossa garganta.
A sombra do Juá, que oferece o ambiente perfeito para observar a paisagem verde ressecada. O céu limpo, quase que sem nuvens e o sopro do vento em nossos ouvidos. A sutileza com que o tempo passa. A noite que vai chegando mansinho, acompanhada de revoadas de mosquitos.
Para muitos pode parecer tolice. Para outros tantos, apenas um emaranhado de palavras sem nenhum significado lógico. Apenas alguns vão entender o que quero deixar registrado neste pequeno escrito. Pequenos recortes de uma essência, que como essência que é, se preserva latente em cada célula, esperando um momento oportuno para vir a tona.
Tempo demais no asfalto pode me deixar esquecido do prazer de pisar na terra quente (sim, ele existe), mas não pode me privar de guardar em mim aquilo que sou.
Justamente na volta para a cidade foi que pude me dar conta do quanto foram proveitosas aquelas simplórias duas horas na zona rural.
A garganta ardendo pelo excesso de poeira na estrada. O vento entrando hora quente, hora frio pela janela. O céu rosado do final de tarde. O cheiro forte da terra quente molhada por tímidas gotas de chuva misturado com o perfume doce (e igualmente forte) do “capim santo” colhido para ser transformado em chá.
Capim que desde aquele instante doou sua essência, levando perfume, e por que não também um pouco de santidade, aos pensamentos enrijecidos como/pelo o concreto da cidade.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Céu!
Desde bem pequenos observamos aquela imensidão e nos perguntamos do que se trata. Vemos aquele grande “teto”, hora cheio de nuvens, hora cheio de estrelas e pensamos: o que será que tem lá em cima?
Então nos ensinam que o “céu” é a casa de Deus, e que quando as pessoas boas vão embora, vão para lá morar com Ele. São muitas as opiniões e suposições de como é o “céu”. Mas acredito que seja unanimidade que lá é um lugar tranquilo, cheio de paz e de sentimentos bons, onde todos se sentem bem simplesmente por estar lá.
Mas se visualizamos este lugar tão bom, por que não começar vivê-lo agora? Sim, começar a vivê-lo hoje mesmo. Cultivar essa paz “do céu” em cada um dos nossos momentos, em cada uma de nossas relações.
Todos temos concepções de “céu”. E, como humanos que somos, construímos concepções baseadas em situações e sentimentos humanos. Logo, esse “céu” de cada um pode ser vivido ainda aqui.
È claro que falando assim parece até fácil. Mas cultivar o “céu” no mundo de hoje não é nada fácil. O que não faltam são “ervas daninhas” para tentar sufocar essas sementes antes mesmo delas germinarem. Mas é somente difícil, não é impossível. E qualquer esforço empregado neste cultivo não será em vão.
Quando a gente busca viver o céu, logo surgem ao nosso redor inúmeros anjos dispostos a nos ajudar nesse caminho. Anjos que levantam (ou simplesmente não deixam cair), que cuidam, que guardam... Anjos que fazem bem mesmo sem a intenção de fazê-lo!
Os anjos estão sempre por perto. Mas, quando não estamos ao menos tentando nos manter em “clima de céu” não somos capazes de vê-los, nem tampouco de senti-los. E como é bom ter anjos por perto...
E, estando no “céu”, a gente fica bem pertinho do sol. Sabe aquele que mais brilha, mais aquece, mais ilumina? Pois é!
Quando olhamos para cima, o céu parece estar bem longe, mas em nenhum momento podemos nos esquecer que temos o nosso céu, que está em nós! Sempre conosco! E para esse “nosso céu” a gente não precisa ir, só precisamos permitir que ele saia de nós e retorne a nós mesmos...
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Meio Fio
Esses dias caminhando pelo Centro cheguei a conclusão de que talvez o processo de "viver a vida" seja igual a atravessar a rua. Quando a gente pensa demais corre o risco de ficar parado no lugar enquanto todos passam por você.
Mas como tudo que nos rodeia, o paralelo pode se tornar mais complexo, como o próprio processo de viver.
Assim como pensar demais oferece seus riscos, pensar de menos também pode oferecer. Quando pensamos pouco [ou não pensamos] corremos o risco de ficarmos pelo caminho, sem segundas chances ou oportunidades de recuperação.
Complicando ainda mais um pouco, observamos que existem ruas, avenidas, becos e vielas. E que cada situação tem suas peculiaridades e hipóteses a analisar antes de se tomar uma decisão final.
Em alguns momentos é preciso um pouco mais de paciência e caminhar até a “faixa de pedestres” mais próxima. Em outros, por mais arriscado que possa aparecer, vale à pena atravessar correndo na frente dos “carros em alta velocidade”.
A medida exata de pensar! Talvez este seja mais um item a ser incluso na lista dos “meio termos” que devemos buscar para encontrar nosso “equilíbrio”.
E, por fim, não custa nada lembrar que é improvável que em toda e qualquer “travessia” estejamos sozinhos. Sempre vai ter alguém do nosso lado, esperando no meio fio ou canteiro para atravessar à rua conosco e chegar aos outros lados que ainda estão por vir.
Colaboradores involuntários: Cristianne Melo e Thiago Vinícius ;D
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
E se Fez!
Bastou somente um sussurro. Não é característico dela se comunicar de outra forma. Um simples sussurro. Uma palavra que talvez nem tenha sido audível aos ouvidos humanos. Uma palavra dita não apenas por lábios. Um som, talvez o mais doce e sublime de todos, que saiu do recanto mais íntimo de um puro coração e chegou direto aos ouvidos do Pai. Um murmúrio que ressoa até hoje! Uma palavra que tornou tudo possível... bastou uma palavra... e se fez!
Palavra dita por uma mulher humilde. Parte fundamental do que nos faz existir, e do que nos mantém vivos; mas que opta por estar sempre em silêncio. Opta por ficar em seu lugar olhando por aqueles que nem se lembram de sua existência. Olhando por aqueles que não reconhecem a importância do seu sim.
Uma mulher obediente. Que se abandonou sem medo nas mãos do seu Senhor. Que se deixou conduzir pela vontade do Pai, sem se importar com o que poderia lhe acontecer. Que não teve medo de renunciar a si mesma em nome do amor maior. Em nome do único amor verdadeiro.
Uma mulher forte. Que enfrentou, de pé, todas as dores que uma mulher pode enfrentar. Dores de alma. Dores de coração. Que viu um Deus gerado em seu ventre ser morto da forma mais cruel. Viu seu filho morrer pela salvação daqueles que o torturavam. Alma transpassada por uma espada de dores.
Bendita entre todas. Escolhida para trazer ao mundo a concretização da promessa de amor. Mãe do próprio amor! Senhora que não se cansa de pedir por cada um dos que tem como filhos. Mãe que ama incondicionalmente todos os seus filhos pela simples razão de serem seus filhos. Rainha. Presente dado por Deus a humanidade.
Doce mãe que caminha silenciosamente ao lado de seus filhos, protegendo dos perigos e armadilhas, esmagando os insetos. Senhora sutilmente presente em todos os momentos, em todos os instantes. Presença que prefere passar por ausência.
O mais perfeito elo entre Deus e a humanidade. Primeira a receber e a refletir a luz do Santo Espírito. Mãe, que não nos deu a vida, mas é fundamental para que vivamos! Presença que aquece e cuida, guarda e protege! Mãe Imaculada! Senhora de nossas vidas, Nossa Senhora!
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Conotação
Sempre gostei de metáforas. Acho interessante a ideia de “personificar” as coisas e de “coisificar” as pessoas. Acredito que comparações nos permitem enxergar tudo com novos olhos, nos oferecendo novas maneiras de entendimento.
Olhar para si com os olhos de outro, do mesmo modo que olhar para o outro como se estivesse olhando para si me parece muito saudável. Ensina, e muito! Mas temos “travas” que muitas vezes nos impedem de pensarmos que agimos como alguém que está por perto. Gostamos de reprovar o outro sem chances de “recuperação”, e muitas vezes, reprovamos sem percebermos que naquela “disciplina” também estamos com as notas muito baixas.
No meu entender, a “coisificação”, a substituição dos papéis, a inversão das coisas... enfim a “metaforização” é uma ferramenta que ajuda a quebrar estas “travas”.
Por exemplo, cada pessoa carrega em si uma porção de coisas não é? Lembranças, memórias, sentimentos, mágoas... o tempo passa, e vamos acumulando mais e mais situações... desprezando algumas, guardando outras... enfim, vamos partir deste pressuposto: cada um carrega em si uma bagagem.
E partindo deste ponto, onde enxergamos cada um com um monte de coisas para guardar, vamos tentar nos percebermos como caixas. Pode ser? Isso, caixas. Aquelas que usamos para guardar as nossas “quinquilharias”. Mas, como seres humanos que somos, não podemos nos imaginar como um depósito cheio de caixas iguais empilhadas... Cada um é cada um, logo, cada caixa é uma caixa.
Algumas são maiores, carregam mais coisas, a maioria delas desnecessárias. Objetos quebrados, que não tem mais concerto e que já podiam ter sido jogados no lixo, mas a caixa prefere guardar. Essas são pesadas, cheias demais... e sempre que alguém tenta “carregar” acaba derrubando alguma coisa. Quebra o que já estava quebrado, ou quebra algo que ainda podia ser útil, mas se perdeu pelo excesso.
Há também as caixas pequenas. Que só guardam o essencial. Essas podem ser carregadas com mais facilidade, mas como o espaço livre para guardar novas coisas é bem reduzido, muitas pessoas têm medo deste espaço não ser suficiente para armazenar tudo o que pretendem. Têm também aquelas caixas de tamanho médio. Não tão leves como as pequenas, mas com bem menos peso que as grandes.
As caixas variam não só quanto ao tamanho. As formas são variadas, assim como as cores. Algumas são escuras, opacas... não dá pra ver nada que tem guardado lá dentro. Enxergamos só algumas pontinhas que aparecem por cima. Outras, porém, são translúcidas, mostram grande parte do seu conteúdo de longe, só não conseguimos ver o que é ocultado pelo que fica mais exposto.
Puxa como tem caixa! São tantos os tipos. Como já disse, cada caixa é uma caixa, seria impossível descrever todas as modalidades. Mas dentre as “categorias gerais”, a gente pode ficar imaginando mais ou menos como somos enquanto caixa. O que estamos guardando de desnecessário, o quanto estamos pesando, quanto de nosso conteúdo está exposto... e podemos observar também aquelas caixas que ficam guardadas próximas de nós!
Percebeu como é mais fácil se entender, e tentar entender os iguais, quando não nos vemos somente no sentido literal!? Vamos conotar um pouco mais a vida!
No sentido literal ou figurado, algo que deve ser lembrado é que devemos manter em nossa caixa o que consideramos preciso. O que pode parecer pesado ou inútil para o outro pode ser necessário para mim. Também devemos deixar à vista aquilo que acreditamos dever. Se a caixa vai causar encanto ou repulsa no primeiro olhar, vai depender do olho de quem vê. Olho esse, que não compete a nossa responsabilidade... ele fica guardado em outra caixa.
Somos um amontoado de coisas... o que esse amontoado forma não pode ser descrito nem pelo próprio amontoado. Mas cada um sabe mais ou menos o que carrega, e porque carrega.
E acredito que é por aí que devemos ir. Tentando entender o que há em nossa própria caixa. Tem tanta coisa em nós mesmos para tentarmos desvendar! Por que quebrar a cabeça supondo o conteúdo das outras caixinhas?
E a “caixinha” deste texto carrega um grande amontoado de letras. Mas a metáfora me agradou, e achei que para esta caixa, essas eram as palavras necessárias, ainda que possam parecer muitas.
Precisamos aprender a carregar o que nos faz bem. Assim como devemos nos banhar para nos sentirmos limpos, não pelo cheiro que os outros vão sentir ao se aproximar. Sejamos quem somos por nos gostarmos assim, não pelo peso que nossa caixa vai “aparentar” aos demais.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Não contavam com a “nossa” astúcia!
Crescemos acostumados com as imagens de super-heróis invencíveis. Fortes e indestrutíveis, sempre com um truque que surpreende o adversário e o extermina com um simples sopro. Heróis que têm vilões só para eles, vilões que tem por meta única destruí-los. Mas, por mais que tentem, esses antagonistas jamais conseguem se quer machucar os “intocáveis” super’s. Mas com tantos heróis fortes e corajosos, por que será que escolhemos gostar mais do único “fraco” e medroso?
Entre tantos fortes, apenas um se mostra “fraco” e assim se configura como o único forte de fato. É muito fácil enfrentar os inimigos quando se tem “super força”. Mas enfrentar o próprio medo (que é na verdade o maior inimigo), só um entre todos os dos quadrinhos foi capaz de enfrentar. Claro que esse “enfretamento” não ocorre com facilidade, e é preciso exclamar por muitas vezes “eu vou” até que uma pequena centelha de coragem surja e nos impulsione a ir de fato.
Isso, terceira pessoa. Ao tratar do “polegar vermelho” esta é a forma verbal mais adequada.
Nunca conseguiremos voar para parar um cometa. Nem tampouco saltar entre prédios e arranha-céus capturando bandidos. Mas olhe para a sua vida, e perceba quantas vezes você precisou encolher, ficar menor do que já é para resolver um problema. Tudo bem que também não tomamos as “pílulas de nanicolina” (infelizmente), mas ainda assim, é metáfora é válida.
Também não portamos a “buzina paralisadora”, mas por muitas vezes já precisamos parar tudo, sentar e observar a situação de um modo mais tranqüilo para poder encontrar uma solução adequada!
E a “marreta biônica”? Ahh... essa todos temos! Claro que não é comum encontramos na rua alguém carregando um martelo gigante amarelo e vermelho (até porque daria muito na vista). Mas, todos portamos uma marreta biônica, acredite!
Cada um sabe onde guarda a sua. Quais cores ela tem, e qual o seu tamanho. Não podemos vê-las, nem carregá-las, mas o que importa, é que cada um sabe que aquela força “biônica” está ali, guardadinha naquele lugar que só ele sabe, para quando for necessário.
Não nos deixamos abater por qualquer “criptonita”. Não precisamos voar sobre arranha-céus para escapar dos nossos vilões. Não é necessário visão de raio laser para enxergarmos o que precisamos, nem muito menos de uma identidade secreta para nos escondermos do mundo.
O que faz um verdadeiro super-herói é a disposição de fazer o que pode ser feito naquele momento, com medo ou sem medo. É perceber que de algum modo a sua astúcia contribuiu de alguma maneira para que o pânico não fosse criado, e para que todos os movimentos fossem friamente calculados. Mesmo atrapalhado, medroso e não muito inteligente, sempre que precisar gritar “e agora quem poderá me defender?” olhe para si e exclame em seguida: “ainda bem que você está sempre aqui Chapolin Colorado”.
terça-feira, 19 de julho de 2011
Cochilando por 20 minutos
É mais comum do que imaginamos. Colocamos um filme para assistir, até nos envolvemos com a história, então, um leve sopro de sono vai chegando pouco a pouco e de repente, não mais que de repente: cochilamos por 20 minutos e perdemos parte da história!
Às vezes os 20 minutos perdidos não fazem tanta falta, não comprometem o entendimento final do enredo. Outras vezes, perder os 20 minutos representa perder toda a história. Justo naquele momento em que os olhos se cerraram tudo aquilo que podia ser considerado como o mais importante aconteceu. E ainda há a possibilidade de se despertar tarde demais, e acordar a tempo de acompanhar somente os créditos finais.
Pode parecer mais uma loucura. Mas isso não acontece somente quando nos dispomos a ver um filme.
Por muitas vezes, “cochilamos” e deixamos de ver algo que pode comprometer todo o andamento e o entendimento de nossa história. O “sono” não nos deixa perceber todas as nuances de alguns personagens, e perdemos o “fio da meada”. Depois tudo se torna confuso, sem sentido, algumas vezes até hermético! Mas como vamos entender algo que está acontecendo se justo naqueles 20 minutos determinantes estávamos cochilando?
È preciso ficar atento porque o cochilo vem justo naquele momento que parece ser de marasmo, mas que de fato é apenas uma preparação para que todos os nós da história comecem a ser desatados.
Quando se trata da sétima arte, o cochilo pode ser solucionado da forma mais simples. Compra-se outro bilhete. Se o filme estava sendo visto em casa, ainda melhor, pode-se assistir somente aqueles 20 minutos que foram perdidos por conseqüência do sono indevido. E isso pode ser feito por mais de uma vez, até que tudo fique claro!
Mas quando o cochilo não te deixa ver algo que se passa fora das telas, é tudo muito mais complicado. Essa “fita” não tem como ser “rebobinada”. E os 20 minutos são de fato perdidos.
E cuidado! Nesse exato momento você pode estar dormindo! Personagens determinantes para a sua história podem estar nesta cena que você está perdendo. Talvez o sono se prolongue demais, e depois nada mais será compreendido. E se o despertar for muito demorado, os créditos vão começar a subir, e nada mais vai lhe restar, a não ser esperar pelo “the end”.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Primeiro Aniversário! =)
Entre linhas e traços, letras e palavras, frases e parágrafos cá estamos há exatamente um ano registrando ideias e idealizações, anseios e incompreensões, dúvidas e certezas.
A princípio pode parecer que só foi mais um ano que se passou. Passamos mais um Natal, um carnaval, uma páscoa. Além é claro de dia das mães e um dia dos pais. Sem desprezar também um dia das crianças. Mas, esse último ano, de 18/07/2010 a 18/07/2011, não foi somente um amontoado de “datas comemorativas”, embora no momento você não recorde de nada “extraordinário”.
Talvez você tenha seguido um coelho até o seu destino final ou talvez finalmente tenha se dado conta de que embora não parecesse, nunca esteve sozinho! Quem sabe não conheceu alguém que te faz feliz só porque está sempre por perto!? Ou então descobriu que sua vida parece mais com um seriado de televisão do que você pode imaginar! Já sei! Sentiu vontade de fugir com o circo? Desejou? Sentiu saudades? Sorriu? Chorou? Rezou? O quê? Nada disso aconteceu!? Ahh... já sei então! Você fez aniversário!
Pois é! Embora não pareça, muito pode ter acontecido desde que nos vimos pela primeira vez no último dia 18 de julho! Guardamos mais 365 dias em nossa coleção, e se estamos aqui hoje, mesmo sem nada de “extraordinário” para contar, agradeçamos pelo milagre da vida, que foi renovado em cada um de nós nesses últimos 365 dias.
Nem tudo o que marcou foi escrito... algumas palavras soam melhor quando não ditas (ou escritas). Foi escrito aquilo que a inspiração permitiu, e se você acompanhou esse texto até agora, talvez esteja gostando das impressões e imperfeições que estão sendo registradas! Então, você que me diz, quer continuar me lendo por mais um ano!?
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Doce!
Doce... doces... doçura... um sabor... um sentimento... uma situação... Enfim, quando nos referimos ao “doce” em qualquer uma de suas representações, associamo-lo quase que imediatamente a algo de positivo, a algo que de algum modo nos fez, ou nos faz, bem.
Você já deve ter percebido que sente prazer quando ingere generosas quantidades de açúcar. E ao contrário do que você pode pensar, isso não acontece porque você é guloso ou porque têm a “mente gorda”. Essa é a mais normal das sensações e tem explicação química.
O bem estar causado pela ingestão de doces está ligado à serotonina, substância que melhora o humor e que tem a sua produção acelerada com o aumento dos níveis de açúcar no organismo.
Mas você também já deve ter percebido que não é somente o açúcar que adoça nossa vida! Vivemos situações que provocam sensações tão intensas quanto a ingestão de grandes quantidades de açúcar, sem ter colocado uma única balinha na boca!
A felicidade é doce! O amor é doce! Sorrir é doce! E não há como negar, viver é doce! Claro que “viver” pode não parecer uma doçura em todos os momentos, mas podemos comparar a vida ao chocolate: embora às vezes seja “meio amargo”, não deixa de ser um doce!
E como todo “doce”, é preciso saber dosar o consumo... açúcar demais pode causar diabetes... e de menos, hipoglicemia! È preciso encontrar o meio termo e ficar por ali, sem pecar por falta ou por excesso!
E lembremo-nos ainda que só cada um sabe a quantidade de açúcar que precisa colocar em seu café para que ele fique na medida certa... não queira basear o gosto de todos pelo seu! Você pode gostar de muito doce, mas o outro pode preferir algo mais amargo...
terça-feira, 5 de julho de 2011
A Volta!
E eis que como um raio de luz no meio da neblina vem à vontade de escrever! Desde que criado a pouco menos de um ano, o blog não havia ficado tanto tempo sem nenhuma postagem.
Não aconteceu nada! Só a inspiração que não vinha! Às vezes pensei até que ela estava vindo, ensaiava alguns rabiscos, mas as letras não estavam combinando e as palavras não estavam conseguindo se acertar em frases que fossem do meu agrado.
Abri agora o documento de um texto “pré pronto”, para tentar (finalmente) concluí-lo... mas deu vontade de escrever sobre o meu “silêncio” no último mês, e cá estão estes pequenos parágrafos.
E vou terminar esse pequeno recado antes que ele fique enfadonho! Assim que der posto uma coisinha legal! Noites de terça-feira me costumam ser produtivas... quem sabe não vem alguma coisinha legal ainda hoje!? ;D
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Só mais um clichê...
Não é de hoje que dizem que depois da tempestade vem a calmaria, não é de hoje mesmo! Também não é nada atual aquele outro dito popular que diz que nas nuvens mais negras é que se cai a água mais pura. Talvez possa estar enganado, mas quando ouvimos falar muito sobre uma coisa, passamos a desacreditar, muitas vezes desacreditando a verdade.
Já parou para analisar como realmente depois de uma tempestade tudo fica mais tranquilo? Como tudo parece realmente mais calmo... mais limpo!
A água lava, e ao lavar, leva aquilo que está acumulado, que estava provocando manchas. Em cada gota, um toque de purificação. Em cada pequeno sopro, um pouco menos de poeira. Lava, levando aquilo que pensou que podia interferir em seu curso. Às vezes devasta, assusta, arranca; enquanto em outros momentos escorre como sutis lágrimas no rosto de uma criança. Mas em todos os casos, limpa, torna puro.
E o mais encantador é que esse poder de limpeza não é somente físico, e o clichê pode ser metaforizado. Quantas vezes, para esvaziarmos o coração e nos sentirmos mais limpos, é preciso que derramemos uma verdadeira tempestade de nossos olhos. E podemos observar também que algumas lágrimas levam embora muito mais coisas do que um tsunami.
Quando absorvemos coisas demais, quando acumulamos muito, assim como as nuvens, ficamos “carregados”, com um semblante escuro. Mas ao contrário das nuvens, que naturalmente se esvaziam, muitos não sabem como se esvaziar. O processo de limpeza não acontece mais com naturalidade. E aquilo que podia ir embora em forma de lágrimas fica armazenado e, em alguns casos, até petrifica.
E assim, muitos vivem eternamente na escuridão, sem procurar a calmaria por medo da tempestade. E sem passar pela tempestade, a calmaria não vai chegar, a água precisa ser derramada para que tudo seja lavado.
Tudo bem! É certo que tudo isso não passa de mais um clichê. Clichê que como tantos outros guarda um pouco (ou um muito) de verdade.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Todos somos "Um"
São tantos rostos. Tantos olhares que se cruzam e nada encontram. Tantos passos que traçam caminhos opostos ou paralelos. Histórias que se cruzam, mas não se misturam. Vidas que passeiam ao lado de outras vidas sem conhecê-las, sem ao menos fazer parte delas. Tantos, e ao mesmo tempo, nenhum.
Perdemos o costume de olhar nos olhos do outro. De tentarmos enxergar algo mais que a visão nos permite, e caminhamos juntos, como se estivéssemos sozinhos. Agimos como se não houvesse nada além de nós mesmos. As ruas estão cada vez mais parecidas como selvas. Voltamos a ser “homens das cavernas”.
Passamos por tantos, como se não passássemos por ninguém. E não nos damos conta de um pequeno detalhe: todos aqueles “desconhecidos” estão sendo esperados por alguém. Em algum lugar, muito provavelmente, pelo menos uma pessoa está pensando naquele que para nós é um “desconhecido”.
Em casa alguém pode estar preocupado porque o “desconhecido” não telefonou ainda. Enfim, aquele que não conhecemos é assim como nós, vive! E muitas vezes passamos por eles como se não fossem nada.
Já pensou que aquele rosto, que para você é só mais um rosto, pode ser na mente de alguém o que há de mais belo no mundo? Percebe que não somos, nem nunca seremos, “protagonistas” do mundo, como por muita vezes chegamos a pensar?
E o melhor nisso tudo é justamente isso! Ao mesmo tempo em que não somos ninguém em um amontoado de pessoas, somos únicos em algum lugar.
Pelo menos uma pessoa pensa em você antes de dormir. Pelo menos uma pessoa precisa de sua presença, só por precisar. Pelo menos uma pessoa lhe distingue no meio de qualquer multidão. E, como você faz o mesmo por várias pessoas, talvez não sejam poucos os que fazem o mesmo por você.
E, como sempre, o saldo é positivo... Embora sejamos apenas “mais um” na multidão, para alguém, esse “mais um” pode ser o único “um” que faz alguma diferença!
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Ver melhor ^^
Há bem pouco tempo eram estranhos. Muito provavelmente me encontrei com algum ou vários deles em outras oportunidades, mas ainda não nos conhecíamos, ainda não sabíamos que Ele nos levaria para o mesmo lugar no mesmo dia.
E eis que além de nos conhecermos, percebemos que é como se sempre tivéssemos nos conhecido. São menos de dois anos que representam toda uma vida. Uma nova vida.
Eles surgiram como que luzes. Luzes que vieram iluminar lugares que estavam escurecendo. Luzes que permitiram novos olhares, que iluminaram o que ainda não tinha sido visto. Que deram um novo sentido a tudo e a todos.
Até as cores ganharam novos significados. E hoje percebemos que o vermelho, por exemplo, nos faz ver melhor, e muito melhor.
Claro, não são estrelas. Todos são satélites que refletem a luz que recebem do Único que tem luz própria de fato, mas eles precisavam estar lá para que essa luz fosse refletida.
E quando estão por perto não se cansam de iluminar mais ainda. De mostrar que nossos tímidos um ano e dez meses são somente os primeiros passos, de um caminho que a gente consegue ver melhor pouco a pouco.
E hoje não há mais nada de estranho. Estranho seria se eu não amasse cada um. Nas igrejas, uma luz vermelha indica a presença viva de Jesus no Sacrário; em meu coração, luzes vermelhas indicam a presença viva de Jesus em minha vida!
terça-feira, 3 de maio de 2011
“Então os seus olhos se abriram”
A cegueira que o mundo nos faz ter é impressionante. Não conseguimos enxergar o que está do nosso lado. O que está na nossa frente. E, embora os olhos vejam, não conseguimos ver além do que pode ser visto. Tudo parece estar bem, você parece estar enxergando tudo, e eis que de repente, é como se lhe vendassem os olhos e então você não vê mais nada.
E muitas vezes, essa venda é colocada por nós mesmos. As vendas do egoísmo, da vaidade, da preocupação, do temor e tantas outras, dispensam ajudantes. Nós mesmos as colocamos sozinhos, muitas vezes, sem percebermos. E quando notamos já estamos sem saber para onde ir. Sem enxergar o caminho que se deve seguir.
Já para enxergarmos novamente, precisamos de ajuda. Só Ele é capaz de abrir os olhos que nossa humanidade fecha. Só Ele, com seu imenso amor é capaz de tirar todas as vendas, iluminar todos os caminhos e nos mostrar por onde devemos seguir. Mas para que Ele faça isso, é preciso que o procuremos.
Por muitas vezes Ele tenta nos fazer ver e insistimos em fechar os olhos por pura burrice. Por querer fazer alguma coisa quando na verdade não se pode fazer nada.
Precisamos estar diante dEle para que Ele possa tocar em nossos olhos e nos fazer enxergar. Para que Ele se mostre de um modo que Ele sabe que cada um vai reconhecê-lo. Para que o caminho se revele na escuridão que tenta cegá-lo.
Com os olhos abertos tudo fica tão mais bonito. Os sorrisos, os abraços, as luzes, o amor, a vida! De olhos abertos podemos ver o que Ele quer que vejamos!
A única coisa chata é que a nossa humanidade é muito burra, e às vezes, procura naquilo que lhe abriu os olhos alguma coisinha que possa fechá-los mais uma vez.
E é por isso que precisamos estar sempre com os olhos nEle. Uma vez olhando para o que nos abre os olhos, não os fecharemos. E para enxergá-lo não é nada difícil quando seus olhos estão abertos. Ele pode ser visto onde menos se espera, e, é claro, onde você costuma vê-Lo!
E o que Ele mais gosta de ver é seu rosto olhando para Ele como se fosse da primeira vez. É por isso que Ele te chama todos os dias, para ver o seu sorriso e ficar feliz de ter um filho tão especial como você! Onde Ele está agora? Talvez esteja do seu lado... espero que você esteja, e permaneça sempre, de olhos abertos, só assim poderá enxergá-Lo.
“Então os seus olhos se abriram” – Lucas 24:31
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Um novo mandamento
Vivenciamos nessa semana o período chamado de Semana Santa. Semana Santa seria uma semana de santidade, diante do que vemos hoje na maioria dos lugares, podemos afirmar sem medo ou receio que o termo está sendo no mínimo aplicado de forma errônea.
Mas não quero me deter às mesquinharias praticadas pelo homem que desvirtuam o sentido desta data. Elas são tão pequenas que não merecem se quer ser mencionadas. Nesses dias, quero destacar o que precisa ser destacado. Lembrar o que deve ser lembrado.
Amanhã, quinta-feira, a igreja católica relembra a instituição da Eucaristia e do mandamento do amor. Talvez você não saiba do que se trata. O sacramento da Eucaristia é o corpo e o sangue de Cristo que recebemos em cada celebração. Não é uma representação. É o próprio corpo e o próprio sangue que nos são oferecidos.
A instituição do mandamento do amor trata-se das palavras ditas por Jesus que são lembradas nesta quinta-feira. “Amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês, vocês devem amar uns aos outros” João 13,34. Cristo ainda vai mais além e lava os pés de seus discípulos, mostrando que amar é um sentimento que deve ser refletido em atos concretos.
Isso tudo foi transmitido pelo próprio Cristo a doze homens que ele chamou para o seu convívio, sendo um dos doze o seu traidor. Mas, quando Cristo oferece seu corpo e seu sangue, ele não oferece somente aos doze, ele oferece a todos nós. Ele pede que nós nos amemos uns aos outros e lava os nossos pés, para nos mostrar que o único que merecia ter seus pés lavados é que se dispõe a tirar a sujeira daqueles a quem ele ama.
A nossa humanidade imunda não nos permite entender a dimensão deste ato. Ou melhor, a nossa humanidade não nos deixa enxergar de fato o que Cristo nos pede todos os dias.
Depois desse gesto, tão humilde, é que ele vai nos mostrar o que é amar um irmão, e como ele pede que nos amemos. A maior prova do amor infinito de Deus, Pai e Filho, por nós é a morte do único justo para a salvação de todos os injustos.
Ele morreu do pior modo que poderia ter morrido. Ele sofreu as piores dores que um ser humano pode sofrer (não podemos nos esquecer que Jesus era Deus, mas também era homem). Ele se amaldiçoou para abençoar aqueles que o flagelavam. E Ele fez tudo isso no meu e no seu lugar. Éramos nós que deveríamos ser crucificados.
O amor que Ele sente por cada um estava, e está, em cada gota do puro sangue derramado por todos. Mas não pense em todos. Pense em você. Pense no que Ele fez, e faz, por você.
E o que Ele pediu em troca? “Amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês, vocês devem amar uns aos outros”. Somente isso! Pediu que nos amemos. Amor em plenitude. Amor divino, que não tem nada a ver com isso que o nosso humano chama de “amor”. O seu amor seria capaz de te levar a morrer por alguém que algum tempo depois comemoraria a sua morte? O dEle foi.
Não há o que se discutir. Não há o que se questionar. E em momentos como essa semana, devemos refletir o quanto cada um de nós tem, mais uma vez, crucificado esse mesmo Cristo, que ainda vive em nosso coração. O quanto ainda temos matado o Cristo que vive no coração dos nossos irmãos. Lembrando que para matá-Lo, às vezes só é necessária uma palavra.
Estamos salvos. Fomos comprados pelo sangue que não se mede o valor. E em troca, só precisamos amar. Amar em atos concretos. Amar a quem não nos ama. Claro que não é fácil, não é nada fácil, mas todo caminho que leva para o Alto é um caminho com dificuldades. Descer é muito simples, e há quem lhe “ajude” bem perto. Mas subir é algo que exige um esforço diário seu. Exclusivamente seu. Se você não se esforça em caminhar, por mais que Ele queira, Ele não poderá lhe ajudar.
O sangue dEle foi derramado para que o seu não fosse. Se o esforço dEle foi em vão, isso só você pode dizer e mostrar em cada uma de suas atitudes.
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” João 3:16
segunda-feira, 18 de abril de 2011
I’ll be there for you!
São aqueles que um dia podem ter sido estranhos, mas que hoje são como se fossem uma parte de você. Aqueles que em um primeiro momento você pode não ter se quer suportado, mas que hoje você não se imagina sem tê-los por perto, nem que seja para trocar uma única palavra.
Pessoas que simplesmente surgem e que trazem consigo sorrisos para os seus lábios; em alguns momentos, lágrimas para os seus olhos; ouvidos para as suas incompreensões; paciência para os seus desabafos (ou nem tanta paciência assim). Pessoas que trazem abraços para a sua alma e para o seu coração.
São aqueles que em alguns dias você não quer nem ouvir, mas que em outros são quem você queria que estivesse do seu lado. Aqueles que te fazem bem só por existirem. São os números que você espera que apareçam no visor do celular quando ele toca. São a janelinha do msn que você espera que suba, avisando que está on-line.
São as vozes que você precisa ouvir só para ter certeza de que tudo está bem. As mãos que você precisa segurar para se sentir mais seguro. São aqueles de quem você pode falar mal à vontade, mas que ninguém pode chamar de feio na sua frente.
São os primeiros de quem você lembra quando está muito feliz, ou quando está muito triste. Aqueles que são a melhor companhia quando não se quer fazer nada. São aqueles com quem você fala sem dizer uma palavra.
São os que moram com você ou que não moram, mas quando não moram chegam à sua casa e é como se morassem. São o colorido do mundo preto e branco. São o grito no meio do silêncio. São o perfume agradável no meio do mal cheiro.
São aqueles para quem você telefona sem ter nenhum assunto pra falar. Aqueles com quem você dividiu parte de sua vida, parte de seu coração. Aqueles que você gosta de ver quando olha para o lado. Aqueles que você mais ama, mas para quem você ainda não conseguiu dizer que amava.
São sua mãe, seu pai, seu irmão, seu amigo, seu sobrinho, seu primo. São quem você lembrou enquanto lia. São aqueles que fazem parte de você de um modo que você não sabe explicar, mas que te faz muito bem. São aqueles por quem e com quem você iria até o fim do mundo. São aqueles que Deus colocou em seu caminho para você cuidar. São aqueles que te explicam, te mostram e te fazem viver o verdadeiro sentido da palavra “amar”.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Ao Teu lado é o meu lugar!
O caminho pode até parecer árduo, mas isso tudo muda quando percebemos que não estamos sozinhos, e jamais estivemos.
Nós somos muito pequenos. Infinitamente. Pequenos em todos os sentidos. Pequenos o bastante para não perdoarmos o nosso irmão que de alguma forma nos decepcionou; pequenos o bastante para não enxergarmos nada além de nós mesmos e da nossa vontade; pequenos ao ponto de pensarmos que somos grandes!
E o que “desconcerta” é que mesmo tão minúsculos como somos, não somos esquecidos. E o Único grande, Aquele que é digno de todas as honras, abdica de sua grandiosidade e se faz do nosso tamanho. E permite que nós, sujos, indignos, caminhemos ao Seu lado.
Há quem não enxergue essa presença, há quem não entenda o que estou tentando explicar. Mas mesmo esses que não entendem, mesmo esses que preferem “caminhar sozinhos” desfrutam da única companhia que nos faz sentir seguros, que nos faz sentir completos.
Tantas vezes pensamos que podemos ir desacompanhados. Pensamos que já estamos grandes o suficiente para tomar nossas próprias decisões. E não percebemos que nunca estamos sozinhos, nunca! Aquela doce e silenciosa presença não nos abandona em hipótese alguma, mesmo quando caminhamos por terrenos para os quais escolhermos ir por decisão própria, ou por influência de terceiros.
O mais lindo em tudo é que quando percebemos que estamos “perdidos” e que precisamos nos encontrar com Aquele que nunca nos abandonou, Ele não olha para os nossos pés enlameados pelos terrenos sujos por onde caminhamos.
Apenas te abraça. Vai ao teu encontro como uma criança que corre ao encontro do pai. Como o Pai que vê seu filho, após muito tempo. Te olha com aquele olhar que só Ele tem e diz, sem precisar usar nenhuma palavra: “Vem comigo, porque Eu sempre estou contigo”
“Vejam que prova de amor o Pai nos deu: sermos chamados filhos de Deus. E nós de fato o somos! Se o mundo não nos reconhece, é porque também não reconheceu a Deus.”
I João 3:1
quinta-feira, 24 de março de 2011
You're Everything
O que explica você olhar ao redor, não ver ninguém, mas mesmo assim sentir a presença mais pura e sublime ao seu lado? O que explica você ver o mundo inteiro caindo aos seus pés e sentir que esses mesmos pés estão sendo sustentados por uma força que você sabe que não tem, mas que sente que está em você?
Como explicar a beleza que há em ouvir o silêncio? Silêncio que te mostra quem você é e por onde deve ir. Silêncio que ressoa a cada instante, pedindo incessantemente que não ouçamos os ruídos que tentam nos desconcentrar.
Como explicar a luz que se faz nos lugares onde menos esperamos, e nos mostra onde devemos pisar? Luz que simplesmente “ilumina”, mas dá a tudo e a todos um novo sentido.
Como explicar um abraço tão forte, sem que ao menos um músculo seja mexido? Abraço que te dá a força necessária para enfrentar qualquer coisa que possa vir a acontecer, e que te lembra que mesmo que não haja ninguém por perto, você não está sozinho.
Como explicar esse olhar? Olhar que só transmite doçura, e que em qualquer circunstância nos vigia de perto, não nos perde de vista e não desiste de nos tentar ensinar a olharmos uns aos outros de maneira igualmente doce.
E como explicar esse amor? Tão puro e inocente. Amor em sua plenitude, amor que nós não sabemos sentir, amor sem maldade, sem interesses, sem intenções obscuras. Amor que só de sabermos que Ele sente por nós, nos faz adormecer de modo mais tranquilo.
Pois é, a questão está exatamente aí. Não precisamos tentar explicar o inexplicável, apenas nos entregarmos a naturalidade do sobrenatural.
Às vezes procuramos muito por tudo o que pensamos que é preciso para construir nossa “felicidade”. E não percebemos que tudo o que precisamos está ao nosso lado, está dentro de nós, está conosco. Não enxergamos que temos tudo gratuitamente e que “tudo” não é muito. Que “tudo” é só este silêncio audível que na maioria das vezes não somos capazes de ouvir.
terça-feira, 22 de março de 2011
Don't stop Believin'
Seria tão legal se certo tipo de situação só existisse na ficção. Sabe, só acontecesse em novelas, seriados norte-americanos, filmes e afins... mas embora esse seja um desejo que possa ser de muitos, não podemos negar que certos fatos continuarão “inspirando” e movimentando a vida e a arte pelo menos por mais algum tempo.
Não falo de tragédias de produções hollywoodianas como “2012” que parecem cada vez mais próximas da realidade. Falo de pequenas tragédias, provocadas pela ação humana, e que podem ser muito mais destrutivas do que qualquer tsunami.
A crueldade deve ser algo inato ao ser humano, só isso pode justificar o quanto algumas crianças podem ser tão cruéis já nos primeiros anos de vida.
Quando a gente carrega algum objeto, que sabemos que é frágil, carregamos com o maior cuidado, para não provocar nenhum dano. Com as pessoas deveríamos fazer o mesmo. Mas ainda usando a analogia com o objeto, muitos, ao perceberem a fragilidade da pessoa com quem estão lidando, fazem questão de "jogá-la no chão".
E não são todos que encontram força para se remontar. Muitos seguem a vida “aos cacos”, sem conseguir esquecer aqueles momentos em que eram “quebrados”.
Posso estar exagerando, mas atrevo-me a dizer que “bullying” é uma questão de saúde pública. Sem sombra de dúvidas ele acontece em todas as escolas, e o pior, a vítima (ou o agressor) pode estar em sua casa!
Precisamos ensinar nossas crianças a lidar com as diferenças de forma saudável e natural ainda em casa, para evitar que burrices e crueldades sejam cometidas por elas na rua. E devemos ensiná-los também que as aparências são só um envelope, um embrulho, e o que realmente importa não pode ser visto com os olhos da face. Devemos ajudar a construir pessoas seguras de si na primeira infância, para que ninguém tente destruir suas pequenas vidas por motivos quaisquer.
Não é fácil sair de uma situação em que todos te julgam sem ao menos lhe conhecer. E não é nada fácil conviver com uma ou mais pessoas que tem por meta diária te importunar e atormentar. Mas é preciso se preparar pra isso, por que o mundo está lá fora, e a crueldade junto com ele.
Com um tempo, alguns conseguem perceber que aqueles que atiram pedras só querem tentar quebrar o inquebrável. A cobra só quer destruir o vagalume porque não suporta seu brilho. Mas nem todos são capazes de enxergar isso, principalmente quanto passam a acreditar que o erro está neles, e não em quem os aponta.
Taí a importância de ensinar a cada um desde cedo a enxergar o que realmente importa. A enxergar as “cores verdadeiras” do mundo e das pessoas. Para se obter força, é preciso exercício. E é melhor que esse exercício seja feito em casa através do diálogo do que na rua por meio de tortura psicológica.
O que incomoda as pessoas cruéis é não conseguir sair de sua normalidade. Então, presos a sua existência vazia, querem esvaziar todos os outros: “já que eu não posso ser como ele, ele deve ser igual a mim”...
E todos aqueles que construíram grandes trajetórias começaram de baixo, remontando “cacos”. Você não pode abaixar a cabeça para aqueles que tentam te derrubar, eles querem ser como você, e como não conseguem, tentam te transformar em alguém como eles: perdedores!
Você sabe quem você é. E não importa o que o mundo diga, esse “eu” que existe em você só será atingido com a sua permissão. Proteja-o dos olhos invejosos e cruéis, eles estarão bem perto para tentar te copiar. E acima de tudo, não perca a chance de lutar pelo que você deseja só porque alguém disse que você não é capaz. Voar não é impossível para aqueles que tem asas. Don't stop Believin'
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Feliz Eternidade!
Medo, fobia, pavor... enfim, o temor é comum a todos. Medo do escuro, medo de altura, medo de animais, medo de fantasmas... e existe um medo que, em especial, é comum a maioria de nós: o medo da morte. Talvez você até não tenha medo de morrer, mas é muito provável que, de alguma forma, a morte lhe assuste, ou ao menos lhe inquiete.
Assustamo-nos porque não somos preparados para de repente perdermos o contato com aqueles a quem mais amamos, e não há como se preparar pra isso. Os efeitos provocados pela morte de alguém próximo são diferentes em cada um, e só cada um sabe o que sente.
Quando alguém muito próximo parte, leva um pedacinho nosso com ele. Ao mesmo tempo que também permanece em nós. Quando nos afastamos de alguém a quem amamos muito, percebemos que aquele ditado “a única certeza que temos é a morte” não faz muito sentido, pra não dizer nenhum. Verdadeiramente, a única certeza que temos é o amor!
Digo isso porque duas grandes parcelas do que sou já me deixaram. Mas o que me deixou foi o corpo. O material. O amor que sempre existiu ainda existe, e esse não vai me abandonar jamais.
Há um ano, vivi um divisor de águas em minha vida. Passei por aquele que sempre foi um dos meus maiores medos. Pensava que quando ela fosse, não teria forças para continuar e iria também. Até que pude enxergar na força que se manifestava em mim que, embora ela fosse, estaria comigo, como sempre esteve.
Sei que não tenho mais o abraço caloroso quando chego em casa... não tenho mais a voz um pouco preocupada ao telefone ...“eu já estava com cuidado”... mas, ainda tenho o amor que, ao contrário do corpo, não adormeceu.
E é por isso que não posso dizer que tem um ano que a perdi. Nunca irei perdê-la. E lembrando-me de como ela me esperava na porta quando estava indo pra casa, posso imaginar que ela me espera para que um dia possamos mais uma vez nos abraçar.
Há um ano, alguém muito especial renasceu, e fez com que o céu fosse mais feliz e um pouquinho mais azul. Olha por mim, como a senhora sempre olhou, e não se preocupe, vou fazer tudo direitinho como a senhora me pediu. “Feliz eternidade mãe”! ✩29/12/1929 ✩27/02/2010
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
E a Inocência?
O dia já havia sido estressante por demais, até porque, em minhas épocas de recenseador qualquer dia era regado a boas doses de estresse. Final de tarde, após várias subidas pelas ladeiras do bairro do Alto Branco, tudo o que queria era chegar em casa. Mal sabia eu que ainda havia uma pedra no meio no caminho, ou melhor, uma pedrinha “meiga” e de olhos azuis.
Dirigindo-me para casa, vejo ao longe uma jovem mulher catando lixo com um garotinho (provavelmente seu filho). Uma criança muito bonita, de olhos grandes e azuis, aparentava ter entre seis e oito anos, não mais do que isso.
Ao me aproximar um pouco mais, percebo que aquela criancinha (tão meiga e encantadora) ensaia acenos tímidos em minha direção. Era comigo mesmo! Nossa, depois de um dia tão estressante, uma criança inocente acenando para mim! Ainda existe bondade no mundo! O que eu fiz? Retribui o aceno! Não podia fazer uma desfeita àquele menininho tão educado.
Continuo a caminhar e o jovem garoto permanece acenando. Os grandes olhos azuis não me deixaram perceber que os lábios do menino, embora ensaiassem um sorriso, permaneciam cerrados. E, ao passar lado a lado pela criança, que ainda acenava (vale lembrar que eu também acenava ¬¬), ele, sem nenhuma cerimônia ou algo do tipo, inclina a cabeça em direção aos meus pés e cospe todo o vômito que guardava na boca muito provavelmente desde que começou a acenar.
Como sempre tive certo “reflexo” (acho que é esse o termo usado) consegui rapidamente me esquivar e evitar que toda minha calça recebesse aquele jato de sobras alimentícias mal-digeridas. O vômito só atingiu parte do sapato. O menino segue seu caminho rindo de mim, enquanto sigo o meu desconcertado.
Não sei explicar a minha reação, continuei a caminhar. Em um primeiro momento olhei ao meu redor para ver se alguém tinha visto o “papel de besta” que tinha acabado de fazer. Em seguida veio a crise existencialista: depois de tantas “portas na cara” ainda recebo “vômito nos pés”? Por quê?
A reflexão só veio posteriormente. Como uma criança de no máximo oito anos já era portadora de tanta malícia? Ao ponto de vomitar e guardar o vômito na boca até que pudesse cuspi-lo em alguém? E mais, aproveitar-se de sua condição de criança para atrair a vítima.
De tudo se tiram lições né? “Nunca acene para criancinhas de olhos azuis que acenam para você no meio da rua, você nunca sabe o que elas querem cuspir em você!”
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
O q? Qd? Ond? Pq?
Antes de começar a narrar o fato em si, é bom que fique claro que o que aconteceu foi “bem feito”, “bem empregado”, enfim... não importa o termo usado, eu mereci. E é bom que passemos por situações dessas para que nossos pezinhos fiquem grudados no chão. Repórter é bicho “metido”, se der muito “cartaz” começa a voar igual aos bonequinhos das propagandas de Red Bull.
Parecia ser só uma matéria como outra qualquer. Estava com a pauta em mãos, coisa que podia ser lida no carro mesmo, a caminho do evento. Alguns mais “vividos” até advertiram: “cuidado que ela se acha!”; mas me confiei na “força” da qual o repórter se reveste quando está amparado por um cinegrafista e empunhando algum equipamento que grave o que os outros falam. E fui!
Estava tudo muito claro na pauta. Era “chapa branca”. Só perguntar o que tinha que ser perguntado e só. Triste ilusão. Mal sabia o jovem jornalista que vos fala que iria viver a situação até então mais inusitada de sua, igualmente jovem, carreira.
Tudo bem que as informações da pauta deveriam ter sido checadas. Mas eu confiava em minha produtora. Todavia, infelizmente, a fonte que ela consultara naquela situação não era das mais confiáveis. Pena que soube disso quando já era tarde...
Então. Podemos começar. Atenção edição, sonora com “ELA”.
- Então, esse evento foi idealizado por você? Como surgiu a ideia?
- Na verdade esse evento de hoje é somente parte de um evento maior produzido por mim.
- Ah! É mesmo. È verdade. Mas, qual é o objetivo principal das apresentações hoje?
- Dar continuidade as atividades daquele outro evento maior.
- Sei, sei. Entendo! Então, mas esse evento de hoje, que está em sua terceira edição, qual o tema desse ano? Por que esse tema?
- Oitava edição.
Por instantes. Frações de segundo. Imaginei que seria só mais um “toco”. E o que seria mais um depois de tantos? Mas “ELA” logo me mostrou que não era só um “toco”, era “O toco”.
Quando menos espero, “ELA”, muito educadamente, me toma por uma das mãos e diz: “meu filho, venha cá”. Então, me conduz por parte do salão, me entrega um folder do evento e conclui de forma triunfal: “leia isso aqui, aí depois você me entrevista!”
Eu daria tudo pra ter visto a minha cara naquele instante. Não me lembro em detalhes de minha reação. Depois de uma dessas a gente entra em um “micro estado de choque”. Vergonha? Não. Eu só consegui ficar envergonhado depois que apanhei os cacos de minha dignidade que haviam sido jogados na sarjeta.
Raiva? Não. A gente aprende é assim mesmo. Pergunte-me quantas vezes saí sem checar uma pauta depois disso!
Dos males o menor. Entrevistei um dos assessores “DELA” (depois de ter lido o folder é claro) e fechei a matéria. E, além de ganhar uma matéria, ganhei uma linda história pra contar. Já que conto histórias de todos, também quero contar as minhas de vez em quando. E essa é uma de minhas favoritas.
Não é vergonha errar. Vergonhoso é não ter a capacidade de assumir os próprios erros e tentar aprender com eles. E cá pra nós, “ELA” é mal educada mesmo.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Ir Além!
É impressionante como a gente se limita. Embora tenhamos grandes objetivos, metas, anseios... vez por outra dizemos para nós mesmos: “acho que daqui eu não consigo passar!”
Bom, não posso afirmar que a expressão é sempre aplicada erroneamente, existem diversos fatores que determinam se você pode (ou não) ir mais longe do que já foi.
Quando se está sozinho, por exemplo, dar um simples passo pode parecer impossível. Mas quando nos deixamos acompanhar por Quem nunca desistiu de nós, aí sim, podemos ir além! Muito além do que podemos imaginar.
Não fomos criados para a superficialidade. São vários os convites... “...ide para as águas mais profundas...”, “...preciso ficar hoje em tua casa...”, “...estou à porta e peço entrada...” mas a resposta a todos eles não deve, nem pode ser nada diferente de “sim”!
Precisamos nos permitir ser amados. Precisamos perder a vergonha de ser “luz” no meio da escuridão. Precisamos aceitar essa companhia silenciosa que quer nos guiar para que possamos ir além! Precisamos brilhar enquanto podemos fazer isso!
Ouvi nesses dias algo muito sábio. Quando uma vela chega ao fim, a última coisa que desaparece é sua chama, sua luz! E conosco também é assim! Se iluminarmos, nossa luz permanecerá... mesmo após nossa partida! E é isso que Ele espera de cada um de nós!
Se posso ir até as águas mais profundas, mergulhar na imensidão desse amor, descobrir essa imensidão em minha vida, por que vou me conformar em simplesmente “molhar os meus pés”?
Não existem limites para quem crê... não existe uma resposta diferente de sim! É preciso que seguremos firme nas mãos dAquele que está sempre disposto a nos erguer, e deixar que essas mãos nos guiem por onde devemos ir. Só Ele sabe até onde cada um pode ir. Mas acredite, você pode ir muito, mas muito mais além do que sempre imaginou.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Acender
Escuro. Ausência total de luz. Blackout. Estar de olhos abertos, mas parecer que eles estão fechados. Não enxergar nada. Estender as mãos sem saber o que vai alcançar, ou se vai alcançar alguma coisa. Sentir medo de caminhar, pois não se sabe onde pisa. Sentir medo do escuro.
Não sei por que o escuro nos aterroriza tanto. Mas o fato é que não se consegue viver na escuridão. Não por motivo “a” ou por motivo “b”, mas por todos os incontáveis fatores imagináveis.
E é só quando nos deparamos com a escuridão que valorizamos a “luz”. Pode até soar como clichê, mas é a pura verdade. A gente só percebe o quanto precisa das “luzes” quando elas, mesmo que por um pequeno instante, se apagam.
Precisamos delas para clarear os nossos caminhos. Precisamos delas para enxergar o mundo, para sabermos que está tudo bem. Precisamos delas para que não tenhamos medo de ir além. Precisamos delas para praticamente tudo. Precisamos da “luz” até para enxergarmos a nós mesmos.
O que não entendo bem é por que mesmo sendo tão dependentes da “luz”, por diversos momentos, preferimos viver na escuridão. Por que mesmo sabendo o quanto o mundo é bonito, preferimos viver de olhos fechados.
Com os olhos fechados a gente não enxerga nada. Nem a nossa própria luz. Sim, também somos portadores de luz, embora não a usemos na maioria das vezes. Pois é, quando fechamos os olhos, não conseguirmos enxergar nem nossa própria luz; até para enxergá-la (e devo dizer que principalmente para conseguir enxergá-la) precisamos estar de olhos abertos.
O engraçado é que quando “abrimos os olhos” pensamos que seremos fortes o suficiente para mantê-los assim, até que vem a noite, o sono... Quando nos damos conta, já estamos lá mais uma vez, de “olhos fechados”.
Mas ainda podemos manter a esperança. Eles se abrem todas as manhãs, pelo menos na maioria das vezes. E embora se fechem, sabemos que não conseguimos ir muito longe com eles dessa forma, sendo assim, eles continuaram a se abrir. Até que um dia, quando todos pensarem que eles se fecharam para sempre, aí então vão se abrir, verdadeiramente.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Alice!
Fazer-se pequeno e fazer-se grande. Ser mutável, maleável, adaptável a qualquer situação. Ter a coragem necessária pra enfrentar os seus medos e desafiar os injustos... pois é! Alice tem mesmo muito a nos ensinar!
Já sabemos que todos seguimos um coelho imaginário (que só nós mesmos somos capazes de enxergar) e que nos leva ao nosso país das maravilhas; mas também precisamos lembrar que caminhar por estas terras fantásticas – e/ ou por quaisquer outras – exige de nós mais alguns desafios.
Assim como Alice, é preciso ser pequeno em muitos momentos. Diminuir-se para poder se adaptar melhor as circunstâncias e situações que vivemos. Existem portas que são muito pequenas, e precisamos ser menores do que elas se quisermos atravessá-las.
Ao mesmo tempo também é necessário em outras circunstâncias que cresçamos. Que nos tornemos maiores do que podemos imaginar para enfrentar nossos vilões, nossos medos... enfim, para enfrentarmos aqueles que querem “cortar nossa cabeça”!
Bom, é certo que não vamos encontrar uma garrafinha com um rótulo escrito “beba-me” que vai nos deixar medindo 10 centímetros, nem muito menos um bolinho que nos deixará com 4 metros. È preciso saber enxergar cada situação e tentar adaptar-se a ela da melhor maneira (im)possível!
Precisamos saber os momentos exatos de crescer e diminuir. E nunca podemos nos esquecer que sabendo ser humildes e fortes podemos atravessar qualquer porta, por menor que ela possa parecer!
Claro que é preciso ter também muito cuidado! Até em nosso próprio país das maravilhas existem vilões que querem cortar as nossas cabeças!
Bom é isso! Por hoje não posso me estender mais! Tenho que ir, hoje é a minha festa de desaniversário!
domingo, 9 de janeiro de 2011
Neverland
A gente nunca está completamente satisfeito não é? Quando criança somos loucos para crescer... ser adultos! Então crescemos (sem se dar conta – vale ressaltar esse detalhe) e percebemos que seria bem mais cômodo se a infância fosse eterna, como desejava Peter Pan.
Crescer traz consigo um embrulho maior do que podemos imaginar enquanto crianças. Responsabilidades, obrigações, preocupações e um outro grande leque de “ões”.
Na infância nossa única responsabilidade é ir a escola (que só percebemos o quanto era divertido com o passar do tempo) e a única preocupação é passar de ano! E encaramos nossas poucas tarefas com a maior naturalidade!
Com o passar dos anos começamos a observar o mundo com outros olhos e percebemos que (in)felizmente tudo não é uma grande brincadeira! E nessa bola azul em que vivemos existe muitas coisas e pessoas que estão dispostas a derrubar o nosso castelinho de areia.
É aí que vem aquele pensamento que acredito que já tenha passado pela cabeça da grande parte dos adultos – se não de todos: “esperto mesmo era Peter Pan que não queria crescer nem deixar a Terra do Nunca”.
Não estou falando de Michael Jackson! Ele não tem nada a ver com a normal “síndrome de Peter Pan” que acomete a grande maioria das pessoas. O caso do dito “rei do pop” deve ser analisado por psicanalistas e/ ou psiquiatras e não por um mero jornalista que tenta escrever sobre seus anseios e incômodos pessoais.
Voltando ao foco. Talvez o remédio para tal “síndrome” não seja uma infância eterna – já que isso é logicamente impossível. Guardar um pouco (ou um “muito”) da postura infantil diante das “dificuldades” seria sim um antídoto mais eficaz.
Perdemos muito de nosso precioso tempo “esquentando a cabeça” com problemas que já não podem ser resolvidos, com situações que já se foram! Com coisas que não podem mais nos incomodar a não ser em nossas lembranças!
Na infância a memória para situações desagradáveis é extremamente curta – para não dizer inexistente. O que realmente importa é a próxima brincadeira! Com o tempo vamos perdendo pouco a pouco essa capacidade de não se importar com o que não importa.
E em vez de nos lamentarmos pelo tempo que passou, devemos aprender a lidar com nossos infortúnios do modo que eles merecem: dando apenas a atenção necessária – praticamente nenhuma, diante de tantas coisas boas que temos para aproveitar!
O bom é bom demais para desperdiçarmos o nosso tempo com o ruim! Então, qual é a nossa próxima brincadeira?
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
@jhmedeiros no Diversidade
Matéria sobre "blogs" exibida pelo programa Diversidade da TV Itararé com a participação no blog @jhmedeiros! ;)
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
2 mil e 11
Ultimamente tenho tido a impressão de que o tempo está passando mais rápido do que antes... “ano que vem” se transforma em “ano passado” e a gente nem se dá conta...
Mas o tempo continua sendo o mesmo... até onde sei, um dia continua com 24 horas; uma hora com 60 minutos; um minuto com 60 segundos... e por aí vai!
O diferente na verdade é o modo como “encaro” o tempo! E isso, ao que parece, não é um “privilégio” somente meu! O que mais ouvi nos últimos dias: “esse ano passou mais rápido que o anteiror...”
Acho que o que mudou na verdade não foi o “meu”, mas o “nosso” modo de lidar com o tempo!
Preocupamo-nos tanto com o que fizemos ontem e com o que faremos amanhã que nem percebemos que o hoje se esvai... se acaba... se perde!
Aumentando as proporções, temos semanas... meses... anos que deixamos ir embora! E só valorizamos quando soltamos a clássica expressão: “puxa, passou tão rápido”!
No Brasil só se fala em 2014 e 2016; em minha cidade são mais modestos, preocupam-se mesmo com 2012 (eleições municipais); fora as expectativas pessoais de cada um... que contam os dias para fevereiro, abril, setembro... e nem terminamos a primeira semana do ano!
Perspectivas e planos são indispensáveis... e tenho os meus para 2011... mas gostaria de viver o valor de cada dia... e gostaria mais ainda que esse pensamento não fosse só meu!
Por que nos preocuparmos com fevereiro se nem bem começamos janeiro! Ainda mais com tanta coisa que tem pra se fazer nesse mês... viajar, estudar, trabalhar... se entregar ao ócio e não fazer absoltamente nada! Enfim viver o tempo. Desfrutar de cada segundo...
Depois se o bordão clássico “puxa, passou tão rápido” surgir em alguma conversa pelo menos podemos responder: “É. Até que passou rapidinho mesmo, mas eu vivi esse tempo todo e pude aproveitar pelo menos um pouco de sua existência efêmera!”
Mas o tempo continua sendo o mesmo... até onde sei, um dia continua com 24 horas; uma hora com 60 minutos; um minuto com 60 segundos... e por aí vai!
O diferente na verdade é o modo como “encaro” o tempo! E isso, ao que parece, não é um “privilégio” somente meu! O que mais ouvi nos últimos dias: “esse ano passou mais rápido que o anteiror...”
Acho que o que mudou na verdade não foi o “meu”, mas o “nosso” modo de lidar com o tempo!
Preocupamo-nos tanto com o que fizemos ontem e com o que faremos amanhã que nem percebemos que o hoje se esvai... se acaba... se perde!
Aumentando as proporções, temos semanas... meses... anos que deixamos ir embora! E só valorizamos quando soltamos a clássica expressão: “puxa, passou tão rápido”!
No Brasil só se fala em 2014 e 2016; em minha cidade são mais modestos, preocupam-se mesmo com 2012 (eleições municipais); fora as expectativas pessoais de cada um... que contam os dias para fevereiro, abril, setembro... e nem terminamos a primeira semana do ano!
Perspectivas e planos são indispensáveis... e tenho os meus para 2011... mas gostaria de viver o valor de cada dia... e gostaria mais ainda que esse pensamento não fosse só meu!
Por que nos preocuparmos com fevereiro se nem bem começamos janeiro! Ainda mais com tanta coisa que tem pra se fazer nesse mês... viajar, estudar, trabalhar... se entregar ao ócio e não fazer absoltamente nada! Enfim viver o tempo. Desfrutar de cada segundo...
Depois se o bordão clássico “puxa, passou tão rápido” surgir em alguma conversa pelo menos podemos responder: “É. Até que passou rapidinho mesmo, mas eu vivi esse tempo todo e pude aproveitar pelo menos um pouco de sua existência efêmera!”
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