sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Feliz Eternidade!


Medo, fobia, pavor... enfim, o temor é comum a todos. Medo do escuro, medo de altura, medo de animais, medo de fantasmas... e existe um medo que, em especial, é comum a maioria de nós: o medo da morte. Talvez você até não tenha medo de morrer, mas é muito provável que, de alguma forma, a morte lhe assuste, ou ao menos lhe inquiete.

Assustamo-nos porque não somos preparados para de repente perdermos o contato com aqueles a quem mais amamos, e não há como se preparar pra isso. Os efeitos provocados pela morte de alguém próximo são diferentes em cada um, e só cada um sabe o que sente.

Quando alguém muito próximo parte, leva um pedacinho nosso com ele. Ao mesmo tempo que também permanece em nós. Quando nos afastamos de alguém a quem amamos muito, percebemos que aquele ditado “a única certeza que temos é a morte” não faz muito sentido, pra não dizer nenhum. Verdadeiramente, a única certeza que temos é o amor!

Digo isso porque duas grandes parcelas do que sou já me deixaram. Mas o que me deixou foi o corpo. O material. O amor que sempre existiu ainda existe, e esse não vai me abandonar jamais.

Há um ano, vivi um divisor de águas em minha vida. Passei por aquele que sempre foi um dos meus maiores medos. Pensava que quando ela fosse, não teria forças para continuar e iria também. Até que pude enxergar na força que se manifestava em mim que, embora ela fosse, estaria comigo, como sempre esteve.

Sei que não tenho mais o abraço caloroso quando chego em casa... não tenho mais a voz um pouco preocupada ao telefone ...“eu já estava com cuidado”... mas, ainda tenho o amor que, ao contrário do corpo, não adormeceu.

E é por isso que não posso dizer que tem um ano que a perdi. Nunca irei perdê-la. E lembrando-me de como ela me esperava na porta quando estava indo pra casa, posso imaginar que ela me espera para que um dia possamos mais uma vez nos abraçar.

Há um ano, alguém muito especial renasceu, e fez com que o céu fosse mais feliz e um pouquinho mais azul. Olha por mim, como a senhora sempre olhou, e não se preocupe, vou fazer tudo direitinho como a senhora me pediu. “Feliz eternidade mãe”! ✩29/12/1929 ✩27/02/2010

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