quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Não contavam com a “nossa” astúcia!


Crescemos acostumados com as imagens de super-heróis invencíveis. Fortes e indestrutíveis, sempre com um truque que surpreende o adversário e o extermina com um simples sopro. Heróis que têm vilões só para eles, vilões que tem por meta única destruí-los. Mas, por mais que tentem, esses antagonistas jamais conseguem se quer machucar os “intocáveis” super’s. Mas com tantos heróis fortes e corajosos, por que será que escolhemos gostar mais do único “fraco” e medroso?

Entre tantos fortes, apenas um se mostra “fraco” e assim se configura como o único forte de fato. É muito fácil enfrentar os inimigos quando se tem “super força”. Mas enfrentar o próprio medo (que é na verdade o maior inimigo), só um entre todos os dos quadrinhos foi capaz de enfrentar. Claro que esse “enfretamento” não ocorre com facilidade, e é preciso exclamar por muitas vezes “eu vou” até que uma pequena centelha de coragem surja e nos impulsione a ir de fato.

Isso, terceira pessoa. Ao tratar do “polegar vermelho” esta é a forma verbal mais adequada.

Nunca conseguiremos voar para parar um cometa. Nem tampouco saltar entre prédios e arranha-céus capturando bandidos. Mas olhe para a sua vida, e perceba quantas vezes você precisou encolher, ficar menor do que já é para resolver um problema. Tudo bem que também não tomamos as “pílulas de nanicolina” (infelizmente), mas ainda assim, é metáfora é válida.

Também não portamos a “buzina paralisadora”, mas por muitas vezes já precisamos parar tudo, sentar e observar a situação de um modo mais tranqüilo para poder encontrar uma solução adequada!

E a “marreta biônica”? Ahh... essa todos temos! Claro que não é comum encontramos na rua alguém carregando um martelo gigante amarelo e vermelho (até porque daria muito na vista). Mas, todos portamos uma marreta biônica, acredite!

Cada um sabe onde guarda a sua. Quais cores ela tem, e qual o seu tamanho. Não podemos vê-las, nem carregá-las, mas o que importa, é que cada um sabe que aquela força “biônica” está ali, guardadinha naquele lugar que só ele sabe, para quando for necessário.

Não nos deixamos abater por qualquer “criptonita”. Não precisamos voar sobre arranha-céus para escapar dos nossos vilões. Não é necessário visão de raio laser para enxergarmos o que precisamos, nem muito menos de uma identidade secreta para nos escondermos do mundo.

O que faz um verdadeiro super-herói é a disposição de fazer o que pode ser feito naquele momento, com medo ou sem medo. É perceber que de algum modo a sua astúcia contribuiu de alguma maneira para que o pânico não fosse criado, e para que todos os movimentos fossem friamente calculados. Mesmo atrapalhado, medroso e não muito inteligente, sempre que precisar gritar “e agora quem poderá me defender?” olhe para si e exclame em seguida: “ainda bem que você está sempre aqui Chapolin Colorado”.

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