domingo, 29 de agosto de 2010

Reviver...

Uma coisa é certa, o tempo não volta. A cada dia temos uma nova chance de recomeçar, acertando ou errando não importa, mas a oportunidade nos é dada todas as manhãs...

Todos os dias o livro de nossas vidas ganha uma nova página, em branco, prontinha para ser trabalhada... no decorrer do dia, vamos escrevendo nessa página a nossa história...

Algumas das páginas que já escrevemos servem apenas para tornar o livro maior, elas não dizem lá muita coisa... outras páginas, gostaríamos de arrancar desse livro, de queimar até... mas as páginas são todas interligadas, e não é possível escolher algumas delas para apagar de vez...

No livro ainda existe uma “terceira modalidade” de páginas, aquelas que não nos cansamos de ler, reler, e ler novamente... trechos que gostaríamos de escrever mais uma vez, todos os dias... o que, (in)felizmente não é permitido...

Não podemos transcrever o conteúdo exato já contido em uma página anterior, mas podemos tentar reescrever trechos com aquilo que temos em nossa mente... com aquilo que ainda lembramos!

Será um novo capítulo (tudo bem que um capítulo baseado em um trecho já escrito), mas um novo capítulo! Uma nova “historinha” dentro da grande história...

Não podemos voltar ao passado para reviver momentos de felicidade... mas podemos reviver esses momentos em nosso futuro...e até em nosso presente (agora mesmo, estou sentindo uma grande felicidade porque tive a oportunidade de reviver alguns dos mais belos versos escritos no livro de minha vida)...

Para que possamos “reviver” aquilo que nos faz bem, basta que não tenhamos esquecido que o que queremos sentir novamente já está escrito em nosso livro, em nossa história... já está dentro de nós...

Você só precisa fechar os olhos e procurar a página certa... uma boa história, sempre merece uma nova leitura...

E um último lembrete, sabe aquelas páginas que trazem as histórias tristes? É, elas não podem ser arrancadas... mas como elas são escritas com tintas bastante medíocres, elas vão desbotando pouco a pouco... e há quem diga que com o tempo, elas voltam a ser páginas em branco, apenas manchadas por rabiscos de traços mal escritos.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Já me decidi...

Decidi que não vou ter vergonha, decidi que quero gritar para o mundo inteiro ouvir, decidi que quero ser um instrumento da vontade dEle...

Em meio a tanta sujeira, consegui encontrar Aquele que é limpo, puro... o único que é digno de louvor e glórias... Ele me chamou e eu fui... da mesma forma que Ele sempre veio (e vem) quando preciso...

È muito fácil lembrar dEle nos momentos difíceis, quando precisamos de auxílio, de ajuda, de força... quero estar com Ele em todos os momentos... quero compartilhar com Ele minhas maiores alegrias, até porque, é Ele que me dá alegrias... é Ele que me faz ser feliz...

Sim, eu sou “crente” porque creio nEle... Sim, eu sou ”evangélico” porque creio nos princípios do Santo Evangelho... mas você deve estar pensando que sou “protestante” e não, protestante eu não sou... Não entendo porque as pessoas não entendem que um católico fale de Deus...

Por que não falar dEle, se é Ele que me faz ter forças para viver... se foi Ele mesmo que me deu a vida... se é Ele que me faz feliz, não importa o que aconteça...

Todos conseguem falar de tudo e de todos... mas quando falamos nEle, muitos torcem o nariz... mas na hora do desespero, de quem aqueles que torcem o nariz lembram primeiro??

Podem me chamar de “careta”... podem me chamar de “bobo”... podem me chamar de qualquer coisa... não estou aqui para agradar a ninguém se não a Ele...

Meu Pai não me acha “careta”, nem muito menos “bobo”... sou apenas um de seus filhos... e tenho a honra de poder dizer que um filho “muito amado”...

E que venham os desafios, que venham os problemas, que venham as “dores de cabeça”... nada consegue ser maior do que o amor que Ele sente por mim... não importa o tamanho do obstáculo, caminharei sobre ele, como Ele mesmo caminhou sobre as águas...

Não sou nada, apenas um grão de areia; mas Ele é tudo... e me carrega em suas mãos... Eu tenho sobre mim a marca do Deus vivo... Viverei pra proclamar as maravilhas que Ele fez em mim... até que o mundo inteiro possa a glória “dEle” resplandecer em minha face...

“Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, com toda a alma, com todas as forças e com toda a mente, e o próximo como a ti mesmo” (Luc 10, 27)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

... queria uma máquina do tempo...


Queria entrar em uma máquina do tempo. Dormir e acordar há um tempo atrás. Não precisaria me trazer de volta, bastaria me deixar no passado!

Queria, mais uma vez, acordar as pressas e correr pro colégio... “Assistir” aula de Biologia, Geografia, História, até de Física! Pedir os cadernos emprestados pra colocar a matéria em dia... Já que na sala eu não tinha escrito nada batendo papo...

Queria ser colocado pra fora de sala... Queria “colar” na prova... Queria cochilar nas aulas de Português... Queria não lanchar, pra “juntar” o dinheiro do lanche pra comprar alguma coisa que quisesse... Queria que minha única preocupação fosse passar de ano...

Queria chegar em casa com o almoço já pronto... Queria almoçar ainda de farda com minha vó dizendo: “Menino, vai 'se trocar' pra não sujar a roupa da escola...”

Queria ter a tarde inteira pra não fazer nada... Queria que a minha única dúvida do dia fosse: assistir ao “Cinema em Casa” ou a “Sessão da Tarde”...

Queria ir pra casa de minha tia brincar com meus primos, e voltar 15 minutos depois, após uma briga épica... e voltar no dia seguinte, para “brigar” de novo...

Queria poder abraçar mais uma vez aqueles que partiram... que se foram... Queria chorar mais uma vez minha saída de casa... Queria novamente passar pela aventura de dividir apartamento...

Queria ter a oportunidade de voltar atrás, e fazer tudo de novo, tudo exatamente como já fiz... Sorrir, chorar, errar, acertar, amar...! Tudo, tudo milimetricamente igual ao que aconteceu antes... Só que dessa vez, consciente da felicidade plena vivida...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

No meu mundo feliz...


Às vezes, o que vemos quando estamos de olhos fechados é mais belo do que quando estamos com eles abertos. No nosso mundinho, tudo é tão simples! Tudo é tão fácil... Tudo é tão nosso!

Não nos decepcionamos. Não entristecemos. Não nos sentimos perdidos. Não nos sentimos ignorados. Não nos sentimos desprezados. Tudo acontece a nossa maneira, conforme o planejado.

Quem não queria, por pelo menos um instante, que seu mundinho particular se tornasse real? Não existiriam problemas, nem preocupações, haveria apenas a felicidade de existir.

È possível ser feliz no mundo real, mas a crueldade da realidade insiste em nos perturbar.

Os amigos, que não são amigos; os amores, que não são amores (pelo menos não como queríamos que fossem); os problemas, que surgem quando pensamos que está tudo bem.

È tão bom quando fechamos os olhos e podemos ser felizes de forma plena. Quando estamos sozinhos com nós mesmos, não precisamos desse mundo sujo, falso e complicado. Tudo que queremos está ao nosso alcance, ou melhor, está dentro da gente.

E o melhor: no final, tudo fica como queremos, do jeitinho que sempre imaginamos.

Tudo bem que esse pensamento possa parecer egoísta. Mas no mundo real, se não nos permitimos ser egoístas de vez em quando, perdemos a capacidade de acreditar em nós mesmos, em nossa força, e nos tornamos fracos, como o mundo quer que sejamos...

Em nosso mundinho, estamos protegidos daquilo (e daqueles) que nos machuca, que nos fere, que tenta nos diminuir.

Ainda bem que temos o nosso refúgio, onde podemos enxergar o nosso verdadeiro tamanho. Sentir o nosso verdadeiro perfume. Perfume esse, que só espera por uma oportunidade, para se espalhar pelo mundo real.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Ser Pai...


Pois é. Domingo é dia dos pais. Dia de olharmos para aquele homem que temos como exemplo de força e caráter e dizer: "Pai, eu te amo".

Claro. Todos os dias são dias dos pais e das mães. Todos os dias são dias para amá-los e respeitá-los, mas, já que o segundo domingo de agosto foi reservado para os pais, não há como não enxergar esse dia como especial.

E nessa data pergunto, o que é ser pai!? Cada um teria uma resposta para esse questionamento, porque cada um tem um exemplo de pai. Mas acredito que todos concordam que ser pai é muito mais que contribuir para a nossa formação com uma célula.

Os laços de paternidade vão muito além de códigos genéticos e laços consangüíneos.

O verdadeiro pai é aquele que te escolhe como filho, sem se importar se você é ou não filho biológico.

O verdadeiro pai é aquele que te carrega no colo e te protege de todos os riscos na infância. Que se preocupa com o seu bem estar, que quando deita a noite, dorme tranqüilo, porque sabe que o seu filho está em segurança, já dormindo no quarto ao lado.

O verdadeiro pai é aquele que te olha nos olhos e, sem pronunciar nenhuma palavra, te diz todo o amor que sente por você. O verdadeiro pai é aquele que vem na sua mente quando você pensa em chamar por alguém para te ajudar.

É aquele que você vai abraçar domingo e dizer: pai te amo!

Infelizmente, eu não tenho mais esse direito. Deus me deu um pai maravilhoso. Um exemplo de caráter, de força, de dignidade. Que me ensinou o que é ser gente. Um verdadeiro presente. Um presente que só pude ter por perto durante 18 anos. Mas que foi, é, e sempre será meu único e verdadeiro pai.

Domingo, não vou poder abraçá-lo, nem dizer que o amo. Mas como já citei, laços de paternidade vão muito além de códigos genéticos, vão além da própria vida. Então, poderei ainda amá-lo, na certeza de que, onde ele está, ele está tranqüilo, porque sabe que me deixou em segurança.

Não são todos que tem a mesma sorte que eu tive. De ter um grande homem como pai. Mas também não podemos nos esquecer de que temos um Pai maior, o “Papai do Céu” que nos ama antes de nossa própria criação.

Ser pai é amar! Simples assim... aqueles que não conseguem entender essa simplicidade, são como eu também já citei, apenas uma célula.

Amor de Pai

E, para o dia dos pais, um vídeo que nos dá um pouco da dimensão do amor que o nosso maior Pai sente por nós! Observe, e veja o que foi feito por você...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Quem é o "deficiente"?


É muito fácil. É muito fácil falar que há acessibilidade quando consigo confortavelmente subir escadas com minhas duas pernas que funcionam perfeitamente.

È muito fácil falar que há acessibilidade quando tenho dois olhos que vêem, e conseguem distinguir as cores de um semáforo. Que sabem diferenciar o verde do vermelho, e me informam com precisão e segurança se posso, ou não, atravessar a rua.

È muito fácil falar que há acessibilidade quando tenho dois ouvidos que ouvem. Que fazem ter sentido aquele movimento constante que todos fazem de abrir e fechar a boca quanto querem se comunicar, que me possibilitam também de aprender a executar tais movimentos.

É muito fácil falar que há acessibilidade quando minha mente sabe distinguir o real da fantasia. Quando meu “juízo” sabe que, embora eu tenha meu “mundinho”, eu tenho que me comportar nesse “mundão” do qual todos fazem parte, e quando eu sei todas as regras de comportamento desse “mundão”.

Mas o que dizem aqueles que têm olhos que não vêem, pernas que não andam ou ouvidos que não ouvem!? Será que para eles também é fácil falar em acesso!?

Agora, de que me adianta ter olhos que vêem, se não consigo enxergar que nesse “mundão” existem pessoas que não conseguem pegar um ônibus para ir trabalhar, ou subir uma calçada na rua porque a cadeira de rodas “empanca” no degrau.

De que me adianta ter duas pernas e dois braços que funcionam perfeitamente, se nada faço para pelo menos minimizar as dificuldades dessas pessoas? De que me adianta ter uma mente que distingue o real da fantasia, se nem se quer me preocupo essas dificuldades? De que me adianta ter ouvidos que ouvem, se não ouço quando uma dessas pessoas me pede ajuda na rua?

Aí eu pergunto: Quem é o deficiente? Uma pessoa que tem olhos que não vêem, ou uma pessoa que tem olhos que vêem, mas não enxergam!? Uma pessoa que é feliz em seu mundo de fantasia, ou alguém que não se conforma com essa felicidade e tenta exterminá-la das formas mais cruéis? Uma pessoa que precisa de ajuda para se locomover, ou uma SOCIEDADE que se recusa a ajudar?