terça-feira, 23 de novembro de 2010

♫ ♪ I have a dream...


Sabe aquelas coisas que a gente quer muito? Que deseja com todas as forças? Coisas que parecem muito próximas e ao mesmo tempo muito distantes... Coisas que não dependem exclusivamente de nós para que se concretizem... Desejos que temos e que já nos fazem felizes mesmo quando ainda fazem parte da esfera dos sonhos...

Não me recordo bem nesse momento se é um dito popular ou algum filósofo que diz que “aquilo que mais queremos acontece justamente no momento que menos esperamos”; só sei que não concordo de modo algum com a máxima! No meu entendimento, quando se quer realmente uma coisa, não há como não esperar que ela aconteça...

Quando realmente queremos algo, nos recantos mais íntimos de nosso imaginário, esperamos, nem que seja inconsciente ou involuntariamente.

Pensamos que vai ser naquele dia... naquele lugar... naquele momento... que vai ser aquele telefonema... porém, na maioria das vezes, não é! Contudo, só a expectativa já nos deixa um pouquinho de felicidade... é como se o desejo por si só, já fosse o início da realização do sonho.

É. Não há como negar que às vezes a espera é cansativa, enfadonha... e (não entristece), mas gera um pequeno incômodo! A própria ansiedade quando rompe dos limites do “saudável” gera um pequeno desconforto (ou nem tão pequeno assim)...

Mas desconfortos à parte, na maioria das vezes o saldo é positivo... quando o desejo se reacende mais uma vez na sua forma mais pura, notamos que se temos que esperar mais um pouco é porque está sendo tudo providenciado para que cada detalhe esteja milimetricamente perfeito no grande dia...

Ahh... e quando acontece!? E percebemos que valeu a pena esperar cada minuto... cada segundo... e nos damos conta finalmente do porquê tivemos que esperar tanto! Tinha que ser naquele dia, naquele lugar, com aquelas pessoas...

E o melhor desses desejos é que eles nunca te deixam sozinho... quando um se torna real, logo chegam dois ou três para ocupar o lugar... são neles que pensamos antes de dormir, e é por eles que nos damos força e coragem pra levantar... embora a nossa parcela no projeto seja a menor possível, ela precisa ser feita... e temos essa convicção!

Enquanto isso a gente espera! E espera feliz... porque sabemos em nosso coração que vai acontecer... é tudo uma questão de tempo... e que o presente faz valer a pena cada segundo que esperamos por ele!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

It’s my party!


E eis que mais um ano se passa e fico mais velho... ao todo, já são 22 anos de caminhada pelas trilhas desse mundão de meu Deus! Quer dizer, trilhas do mundo propriamente dito não, porque ainda não tive a oportunidade de caminhar longamente por essa grande esfera que habitamos, mas nesses 8030 dias vividos, já pude passar por muitas coisas...

Descobri logo cedo que o amor pode construir laços inabaláveis, que nem a morte é capaz de destruir! Aprendi que é preciso ter força e responsabilidade para arcar com as conseqüências de seus atos, quaisquer que sejam elas... Aprendi que existem pessoas que Deus coloca no mundo ao seu lado pra te fazerem crescer e te ensinar a ser o que você é...

Aprendi também que no decorrer dos dias, encontramos sempre novas pessoas, muitas delas com histórias semelhantes as nossas... pessoas que de uma forma agradavelmente estranha se tornam parte fundamental de sua vida... Aprendi que a distância não é capaz de abalar os laços de amizade quando esses são verdadeiros...

Descobri que o que fazem nossos medos são nossos próprios pensamentos (na maioria das vezes equivocados) e que por maior que esses medos possam parecer, eles não são nada se você os enfrenta com força, coragem e fé!

Aprendi que ninguém vai acreditar em mim se eu mesmo não acredito. Aprendi ainda que o otimismo e o pessimismo são determinantes para o seu sucesso ou o seu fracasso... Enfim, aprendi muitas coisas... 22 anos não são 22 dias... mas ainda não aprendi nem metade do que tenho que aprender!

E no dia de hoje, olhando para trás, observando meus erros e acertos, vejo que só tenho a agradecer por tudo que vivi, pelas pessoas que encontrei, pelos passos que galguei, pelo amor que recebi...

Nossos aniversários às vezes parecem ser todos iguais... pelo menos os meus parecem... Dias reflexivos, precedidos por dias pensativos e melancólicos, pequenos momentos em que tenho vontades inexplicáveis de chorar (isso certamente herdei de minha avó que chorava durante praticamente todo o dia de seu aniversário) intercalados por momentos de extrema felicidade por estar ganhando mais um ano para minha coleção!

Enfim, dias em que olhamos para trás e vemos que a felicidade sempre esteve ao nosso alcance... e se por algum motivo não a alcançamos foi porque naquele momento não soubemos usar as ferramentas certas para conquistá-la!

Dias em que olhamos para frente, e que nos enchemos de coragem para enfrentar todos os desafios que vierem... afinal, já vencemos tantas coisas não é?

Dias em que pelo menos por um instante nos damos conta do quanto é bom fazer parte desse mundo, e que agradecemos por sermos capazes de ter experiências plenas de amor, e principalmente por termos a capacidade de reproduzi-las! Dias que, mesmo sem bolo e guaraná, festejamos o fato de ainda usufruirmos do maior de todos os presentes... a vida!

sábado, 6 de novembro de 2010

Vão-se os celulares, ficam-se os chip’s...


Pois é... é chato, é revoltante, é desagradável... mas não há como negar que o simples fato de sair de casa nos dias de hoje já pode ser considerado uma aventura!

A gente pensa que tá livre da violência urbana até se tornar mais uma vítima da realidade de total insegurança em que se vive hoje. Bom, no meu caso, isso já não me surpreende tanto, pois com o infeliz acaso de hoje, já tenho três “historinhas” com assaltantes pra contar... tudo bem que o prejuízo de hoje foi o maior de todos... mas a gente não pode morrer por conta de um aparelho celular né?

O que me entristece não é a perda material em si! Celulares vêm e vão, assim como qualquer outro bem, o que gera a revolta é que esse tipo de situação se torna cada vez mais banal, a ponto de eu ser obrigado a ouvir a frase que ouvi hoje: “não se preocupe, eu só quero o celular, espero você tirar seu chip”.

Pior ainda é ter aquela criatura caminhando tranquilamente ao meu lado como se fosse um grande amigo, esperando que eu pacientemente abrisse o celular, retirasse o chip e o entregasse o aparelho! Claro que ele e orientou a agir naturalmente para não despertar a atenção das outras pessoas que passavam pela rua! Ahh, e tem um detalhe que ainda não mencionei: o incidente aconteceu em plena luz do dia, às 11h20 para ser mais preciso, em uma das regiões mais movimentadas do Centro de Campina Grande!

No fim, graças a Deus os transtornos foram os menores possíveis... o Sr. Bandido me poupou até do stress de resgatar meu número na operadora... mas e se eu não tivesse tido a paciência e a serenidade que tive naquele momento diante daquela situação? O que poderia ter acontecido comigo se de alguma forma eu tivesse tentado reagir ao assalto?

E ainda estranham quando as estatísticas dizem que o brasileiro anda na rua com medo... e como devemos andar? Ele não precisou nem de me mostrar armas para me intimidar, a forma como me dirigiu a palavra já foi suficientemente ameaçadora! Agora posso pensar: e se eu tivesse tentado fugir? E em seguida penso: o que poderia ter me acontecido?

O que dói mais ainda é saber que hoje fui apenas mais um! Um dos milhares (quem sabe até milhões) que passou por essa situação, que mais dia menos dia, deve tornar a acontecer comigo!

Dos males o menor, saí da situação ileso e estou aqui para contar a história (diferente do que acontece com muitos). Agora só me resta levantar a cabeça e seguir não é? Afinal, vão-se os celulares, ficam-se os chip’s... e minhas mãos estão aqui para recuperar o pouco que me foi tirado!

Já que faz parte do mundo moderno ser assaltado, é continuar a caminhada (com medo) e torcer para não dar de cara nem tão cedo com mais uma criatura dessas que vi hoje... a gente até tenta aceitar, mas não é fácil achar normal sair de casa e voltar sem os seus pertences porque um “bonitinho” qualquer resolveu te tomar aquilo que você se esforçou para conseguir!