segunda-feira, 5 de novembro de 2012

.AMARelo.


Lembro-me muito bem de quando ainda criança “escolhi” o amarelo como minha “cor preferida”. Não lembro ao certo quando nem porque começou, mas a cor me chamava a atenção, se diferenciava das demais e isso fazia com que eu desenvolvesse por ela certa predileção.

Nas caixas de lápis de cor, o lápis amarelo nunca durava por muito tempo; era o que “acabava” primeiro. Um dos objetos que guardo com mais carinho de minha infância, é uma cadeira amarela que ganhei do meu avô há mais ou menos 20 anos, e a escolhi única e exclusivamente por ser amarela.

Meu carinho pela cor surgiu de uma maneira bem inocente, simplesmente porque ela me fazia bem.

Aí o tempo passa, a gente cresce e vai percebendo outras cores. Cores que vão nos mostrando novos significados e representações. E cores que antes eram só cores passam a ter um algo mais, e faz com que olhemos para elas também com um pouco mais de carinho.

O vermelho por exemplo. Já tivemos períodos de total incompatibilidade, e hoje, é difícil compreender como essa cor passou a combinar tanto comigo e a representar uma boa parte de mim. Assim como também outras cores, que de repente representaram um sentimento bom e passaram a ter também uma fatia maior de carinho, como o azul, o verde...

O mundo tem muitas cores. E a qualquer momento uma delas pode se mostrar para nós de um modo diferente. Já odiei tons de vermelho... mas hoje o vermelho está tão presente em mim que está marcado inclusive em minha pele!

E o melhor, é que o amarelo nunca deixou nem vai deixar de ser especial. E embora ele hoje divida o posto de “cor preferida” com mais uma ou duas corezinhas, o amarelo vai ser sempre amarelo; e sempre me trará coisas boas, com seus tons vibrantes, felizes, que desde sempre me chamaram atenção e que desde sempre combinaram comigo.

Toda essa analogia de cores pode soar como uma “grandessíssima” tolice, e de fato é. Mas me fez perceber nos últimos dias que sempre podemos enxergar com outros olhos algo que já observamos por muito tempo. O velho pode se tornar novo apenas com uma pintura. Uma nova cor pode representar muita coisa, da mesma forma que olhar bem para uma cor antiga também pode nos mostrar algo que ainda não enxergamos...

Mas, por favor, não deem muita atenção as minhas bobagens, costumo ficar com o coração amolecido nas primeiras semanas de novembro... e a propósito, seja muito bem vindo 24º novembro, você chegou e eu nem percebi!