sábado, 18 de dezembro de 2010

Um Ano


O que aprendemos em nosso primeiro ano de vida? Bom, como quase tudo nessa vida, isso varia de pessoa para pessoa. Antes do primeiro aniversário alguns já arrastam os primeiros passos, outros já ensaiam as primeiras palavras... alguns conseguem ambos os feitos, outros não conseguem nenhum dos dois...

E no primeiro ano da escola? O que fazemos? O que aprendemos? Alguns já começam a frenquentar a escola com conhecimentos adquiridos na própria casa, já sabem fazer os primeiros rabiscos de seu nome, contornar as primeiras letras... gaguejar as primeiras leituras...

Quando pequenos um ano parece ter bem mais tempo do que quando adultos, mas embora o tempo “demore” mais a passar não damos muita importância a isso. Depois de crescidos um ano passa rapidinho... mal temos tempo de vê-lo passar... mas nos lamentamos por cada segundo “perdido”.

E na vida profissional? O que é um ano!? O que fazemos em nosso primeiro ano como profissionais a disposição do mercado de trabalho!? Quais são os primeiros passos... as primeiras palavras??

Questiono-me quando a isso porque hoje (17/12) completo meu primeiro ano de formação como jornalista (contado a partir da apresentação do trabalho de conclusão de curso)

Quais foram os primeiros passos que arrastei? E as primeiras palavras que gaguejei?

Refletindo sobre isso durante o dia de hoje, percebi que não vale a pena olhar para trás nesse momento (se analisarmos bem, é provável que em nenhum momento seja proveitoso se apegar ao passado)

Quando uma criança caminha pela primeira vez é uma felicidade tamanha. Foi o primeiro passo de toda uma caminhada. Mas, embora seja importante, por ser o primeiro, ele tem uma importância infinitamente menor perante os passos dados no passar dos anos. Os passos da vida adulta são firmes. Sabem onde estão indo. Sabem para que servem.

Do mesmo modo as palavras. As primeiras frases “cuspidas” não se comparam com o quanto falamos na vida adulta. E da mesma forma dos passos, as primeiras palavras não tem um terço da consciência das palavras proferidas após a maturidade.

Claro, alguns já galgam passos firmes em seu primeiro ano de carreira. Mas como deixei claro no início do texto “isso varia de pessoa para pessoa”...

Hoje, ao apagar a primeira velinha do meu “bolo profissional” não quero me deter aos passos arrastados e as palavras gaguejadas! Quero firmar meus pés no chão e prepará-los para começar a caminhar verdadeiramente.

Como jovem de 1 ano quero mais uma vez olhar para aqueles que me inspiram e tentar seguir seus passos, ainda vou precisar segurar algumas mãos para me apoiar... mas o importante é que estou aprendendo a caminhar, e logo logo, estarei correndo por aí!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Germinar


O ser humano às vezes pensa tão pequeno, para falar a verdade, na maioria das vezes. Temos a mania de reduzir as coisas, de classificar, de rotular, enfim de minimizar...

Vejamos por exemplo o que acontece com as plantas. Para se tornar uma árvore, a semente precisa morrer enquanto semente. Precisa se abandonar, deixar-se germinar, para depois, pouco a pouco, crescer e futuramente dar novos frutos... se a semente não “morre”, apodrece... se apega a sua existência pequena e não se permite tornar-se algo maior.

Pode parecer loucura. Mas com o homem acontece exatamente o mesmo. Só que ao contrário dos vegetais, com os seres humanos, a maioria das sementes não se deixa germinar...

Se o homem não se abandona, não se permite ser cultivado, e se apega a sua existência pequena de humano, ele simplesmente apodrece. Não consegue gerar nenhum fruto... nada de concreto.

Assusta-me o materialismo dos dias de hoje. A frieza. A “desumanidade”. As pessoas nas ruas se parecem cada vez mais com animais no meio do mato. Ninguém se olha, ninguém se cumprimenta, ninguém se vê... tantas sementes que caminham para o apodrecimento...

O homem, na maioria das vezes, não consegue perceber que não foi feito para este lugar...

Não há nada nesse mundo que seja capaz de preencher o coração humano. Sempre queremos mais. Um emprego, um salário. Depois, um emprego melhor, um salário maior... uma casa, um carro... depois uma casa maior... um carro melhor... nunca o coração humano vai se sentir plenamente satisfeito com qualquer coisa terrena. Isso tudo pelo simples fato de não termos sido feitos para esse lugar.

A nossa condição de humano é apenas uma semente daquilo tudo que podemos ser... e para nos tornarmos árvores precisamos renunciar a nossa existência de semente. E deixar-nos ser cultivados por Aquele que sabe exatamente do que precisamos para germinar.

Se não tivermos a humildade necessária para renunciarmos a nós mesmos em função do amor do Pai, jamais teremos a experiência de nos sentirmos completamente preenchidos, completos... essa sensação só vem após a germinação.

O coração humano é sedento do amor de Cristo. É esse amor que dá razão a tudo que nós somos e ao que um dia seremos. Mas Ele só ama a quem se deixa amar...

Acordemo-nos. Não podemos perder a oportunidade de nos tornarmos grandes árvores só pelo fato de não termos coragem de renunciar a essa existência tão efêmera de semente!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

♫ ♪ I have a dream...


Sabe aquelas coisas que a gente quer muito? Que deseja com todas as forças? Coisas que parecem muito próximas e ao mesmo tempo muito distantes... Coisas que não dependem exclusivamente de nós para que se concretizem... Desejos que temos e que já nos fazem felizes mesmo quando ainda fazem parte da esfera dos sonhos...

Não me recordo bem nesse momento se é um dito popular ou algum filósofo que diz que “aquilo que mais queremos acontece justamente no momento que menos esperamos”; só sei que não concordo de modo algum com a máxima! No meu entendimento, quando se quer realmente uma coisa, não há como não esperar que ela aconteça...

Quando realmente queremos algo, nos recantos mais íntimos de nosso imaginário, esperamos, nem que seja inconsciente ou involuntariamente.

Pensamos que vai ser naquele dia... naquele lugar... naquele momento... que vai ser aquele telefonema... porém, na maioria das vezes, não é! Contudo, só a expectativa já nos deixa um pouquinho de felicidade... é como se o desejo por si só, já fosse o início da realização do sonho.

É. Não há como negar que às vezes a espera é cansativa, enfadonha... e (não entristece), mas gera um pequeno incômodo! A própria ansiedade quando rompe dos limites do “saudável” gera um pequeno desconforto (ou nem tão pequeno assim)...

Mas desconfortos à parte, na maioria das vezes o saldo é positivo... quando o desejo se reacende mais uma vez na sua forma mais pura, notamos que se temos que esperar mais um pouco é porque está sendo tudo providenciado para que cada detalhe esteja milimetricamente perfeito no grande dia...

Ahh... e quando acontece!? E percebemos que valeu a pena esperar cada minuto... cada segundo... e nos damos conta finalmente do porquê tivemos que esperar tanto! Tinha que ser naquele dia, naquele lugar, com aquelas pessoas...

E o melhor desses desejos é que eles nunca te deixam sozinho... quando um se torna real, logo chegam dois ou três para ocupar o lugar... são neles que pensamos antes de dormir, e é por eles que nos damos força e coragem pra levantar... embora a nossa parcela no projeto seja a menor possível, ela precisa ser feita... e temos essa convicção!

Enquanto isso a gente espera! E espera feliz... porque sabemos em nosso coração que vai acontecer... é tudo uma questão de tempo... e que o presente faz valer a pena cada segundo que esperamos por ele!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

It’s my party!


E eis que mais um ano se passa e fico mais velho... ao todo, já são 22 anos de caminhada pelas trilhas desse mundão de meu Deus! Quer dizer, trilhas do mundo propriamente dito não, porque ainda não tive a oportunidade de caminhar longamente por essa grande esfera que habitamos, mas nesses 8030 dias vividos, já pude passar por muitas coisas...

Descobri logo cedo que o amor pode construir laços inabaláveis, que nem a morte é capaz de destruir! Aprendi que é preciso ter força e responsabilidade para arcar com as conseqüências de seus atos, quaisquer que sejam elas... Aprendi que existem pessoas que Deus coloca no mundo ao seu lado pra te fazerem crescer e te ensinar a ser o que você é...

Aprendi também que no decorrer dos dias, encontramos sempre novas pessoas, muitas delas com histórias semelhantes as nossas... pessoas que de uma forma agradavelmente estranha se tornam parte fundamental de sua vida... Aprendi que a distância não é capaz de abalar os laços de amizade quando esses são verdadeiros...

Descobri que o que fazem nossos medos são nossos próprios pensamentos (na maioria das vezes equivocados) e que por maior que esses medos possam parecer, eles não são nada se você os enfrenta com força, coragem e fé!

Aprendi que ninguém vai acreditar em mim se eu mesmo não acredito. Aprendi ainda que o otimismo e o pessimismo são determinantes para o seu sucesso ou o seu fracasso... Enfim, aprendi muitas coisas... 22 anos não são 22 dias... mas ainda não aprendi nem metade do que tenho que aprender!

E no dia de hoje, olhando para trás, observando meus erros e acertos, vejo que só tenho a agradecer por tudo que vivi, pelas pessoas que encontrei, pelos passos que galguei, pelo amor que recebi...

Nossos aniversários às vezes parecem ser todos iguais... pelo menos os meus parecem... Dias reflexivos, precedidos por dias pensativos e melancólicos, pequenos momentos em que tenho vontades inexplicáveis de chorar (isso certamente herdei de minha avó que chorava durante praticamente todo o dia de seu aniversário) intercalados por momentos de extrema felicidade por estar ganhando mais um ano para minha coleção!

Enfim, dias em que olhamos para trás e vemos que a felicidade sempre esteve ao nosso alcance... e se por algum motivo não a alcançamos foi porque naquele momento não soubemos usar as ferramentas certas para conquistá-la!

Dias em que olhamos para frente, e que nos enchemos de coragem para enfrentar todos os desafios que vierem... afinal, já vencemos tantas coisas não é?

Dias em que pelo menos por um instante nos damos conta do quanto é bom fazer parte desse mundo, e que agradecemos por sermos capazes de ter experiências plenas de amor, e principalmente por termos a capacidade de reproduzi-las! Dias que, mesmo sem bolo e guaraná, festejamos o fato de ainda usufruirmos do maior de todos os presentes... a vida!

sábado, 6 de novembro de 2010

Vão-se os celulares, ficam-se os chip’s...


Pois é... é chato, é revoltante, é desagradável... mas não há como negar que o simples fato de sair de casa nos dias de hoje já pode ser considerado uma aventura!

A gente pensa que tá livre da violência urbana até se tornar mais uma vítima da realidade de total insegurança em que se vive hoje. Bom, no meu caso, isso já não me surpreende tanto, pois com o infeliz acaso de hoje, já tenho três “historinhas” com assaltantes pra contar... tudo bem que o prejuízo de hoje foi o maior de todos... mas a gente não pode morrer por conta de um aparelho celular né?

O que me entristece não é a perda material em si! Celulares vêm e vão, assim como qualquer outro bem, o que gera a revolta é que esse tipo de situação se torna cada vez mais banal, a ponto de eu ser obrigado a ouvir a frase que ouvi hoje: “não se preocupe, eu só quero o celular, espero você tirar seu chip”.

Pior ainda é ter aquela criatura caminhando tranquilamente ao meu lado como se fosse um grande amigo, esperando que eu pacientemente abrisse o celular, retirasse o chip e o entregasse o aparelho! Claro que ele e orientou a agir naturalmente para não despertar a atenção das outras pessoas que passavam pela rua! Ahh, e tem um detalhe que ainda não mencionei: o incidente aconteceu em plena luz do dia, às 11h20 para ser mais preciso, em uma das regiões mais movimentadas do Centro de Campina Grande!

No fim, graças a Deus os transtornos foram os menores possíveis... o Sr. Bandido me poupou até do stress de resgatar meu número na operadora... mas e se eu não tivesse tido a paciência e a serenidade que tive naquele momento diante daquela situação? O que poderia ter acontecido comigo se de alguma forma eu tivesse tentado reagir ao assalto?

E ainda estranham quando as estatísticas dizem que o brasileiro anda na rua com medo... e como devemos andar? Ele não precisou nem de me mostrar armas para me intimidar, a forma como me dirigiu a palavra já foi suficientemente ameaçadora! Agora posso pensar: e se eu tivesse tentado fugir? E em seguida penso: o que poderia ter me acontecido?

O que dói mais ainda é saber que hoje fui apenas mais um! Um dos milhares (quem sabe até milhões) que passou por essa situação, que mais dia menos dia, deve tornar a acontecer comigo!

Dos males o menor, saí da situação ileso e estou aqui para contar a história (diferente do que acontece com muitos). Agora só me resta levantar a cabeça e seguir não é? Afinal, vão-se os celulares, ficam-se os chip’s... e minhas mãos estão aqui para recuperar o pouco que me foi tirado!

Já que faz parte do mundo moderno ser assaltado, é continuar a caminhada (com medo) e torcer para não dar de cara nem tão cedo com mais uma criatura dessas que vi hoje... a gente até tenta aceitar, mas não é fácil achar normal sair de casa e voltar sem os seus pertences porque um “bonitinho” qualquer resolveu te tomar aquilo que você se esforçou para conseguir!

domingo, 24 de outubro de 2010

Respeitável Público!


Sabe quando a gente é pequeno e tem vontade de ir embora com o circo!? Fazer da vida um espetáculo constante, a cada noite um novo público... a cada semana uma nova cidade... talvez eu seja anormal de pensar assim... mas talvez eu não seja o único que já quis fugir com o circo.

A monotonia às vezes cansa... o mundo parece uma tela branca clamando por um pouco de cor... e a única aventura que se vem na cabeça é acompanhar as caravanas circenses de cidade em cidade... hoje observando um pouco o mundo, percebo que para fazer da vida um grande espetáculo não é preciso ir com o circo!

Fazemos um verdadeiro “malabarismo” para equilibrar as contas com o dinheiro que temos para pagá-las, isso quando não precisamos fazer verdadeiras “mágicas”... caminhar pelas ruas está cada vez mais parecido com “acrobacias” de trapézio, precisamos “voar” para conseguir fazer tudo o que temos para fazer em 24h ...

È preciso fazer “contorcionismo” para sobreviver a certas situações a que somos submetidos... é preciso “engolir espadas” para que não saiamos por aí “cuspindo fogo” pra todo lado... é preciso “domar leões” dia após dia, pra mostrar-lhes que somos fortes, e que não temos nem um pouco de medo deles...

E o principal, o mais importante, é que nunca temos medo de enfrentar o público (pelo menos não na maioria das vezes)! A cada dia temos um novo espetáculo, e como todo bom “palhaço” fazemos nossa maquiagem e descemos felizes para o picadeiro... nem sempre conseguimos arrancar gargalhadas, as vezes não conseguimos nem risos tímidos, mas não podemos esquecer que o choro quase nunca vem...

O bom de se viver desse modo, é que cada espetáculo é um novo espetáculo! Cada dia é um novo dia... se uma "piada" não der certo hoje, podemos mudá-la amanhã... como todo artista temos os bastidores para nos recompor e nos prepararmos para dar o nosso máximo em cena... e enquanto a “lona” estiver armada, teremos um novo público a cada show, e o de hoje, pode ser melhor do que o de ontem!

Preparemo-nos... o tempo nos camarins é curto... e tem gente que tá lá fora esperando só pra nos ver em cena, alguns ansiosos para nos aplaudir de pé, outros torcendo para que despenquemos do “tecido”... mas é você que escolhe a quem vai atender as expectativas...

Eu por exemplo me preparo para dar o meu melhor a cada dia, quando meu nome é anunciado procuro me concentrar e me divertir no palco... geralmente quando me divirto, os outros se divertem também... e simplesmente acontece! Naquele momento o show é meu, e só eu mesmo posso me atrapalhar! Nem sempre sou aplaudido de pé, mas até hoje as vaias ainda não vieram...

Quanto aos que querem minha queda, lamento. Mas faço questão de decepcioná-los todos os dias! E tenho certeza que no dia do grande show eles serão os primeiros a me aplaudir...

Tenho que ir agora, já estão me anunciando, e meu “respeitável público” me espera! Quanto a você se prepare... sua presença está sendo solicitada nesse momento em algum picadeiro!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Sempre haverá alguém...


Conforme o tempo vai passando, vai aumentando a certeza de que não se pode fazer nada sozinho.

Deparamo-nos com isso desde o nascimento. Precisamos de alguém para nos carregar, nos alimentar, nos banhar... enfim, a nos ajudar a viver. Na infância ainda, descobrimos que precisamos de alguém para nos ensinar a ler, a escrever, alguém para nos ajudar no dever de casa... e descobrimos também que ter alguém para dividir os bons momentos os torna melhores ainda.

No início da adolescência, descobrimos que precisamos de alguém para fazer outros alguém’s pequenininhos... e que precisamos de pelo menos uma pessoa que esteja sempre disponível a passar algum tempo com você fazendo nada. Rir, chorar, comer... qualquer coisa se torna mais agradável quando se tem alguém para dividir o momento.

E com o passar dos anos, se reafirma a cada dia o pensamento de que é preciso ter alguém com quem você partilhe todos os seus momentos... aquele alguém que é quem você vê assim que acorda e é quem você vê segundos antes de pegar no sono... Encontrar esse alguém não é muito fácil... e você corre o risco de achar que o encontrou várias vezes, e quebrar a cara!

O fato é que não se consegue dar um passo nesse mundo sem uma companhia... quando você cai, precisa de alguém nem que seja pra dar risada do tombo.

Não sei se pela necessidade, pelo simples acaso, ou ainda por sorte sempre haverá alguém para quem você vai olhar e perceber que combina com você... não são raros os casos de extrema sintonia, sintonia que dispensa palavras...

Amigos, irmãos, amores, parceiros, cúmplices... vão sendo encontradas pelo caminho pessoas dispostas a te ouvir... claro, que seus ouvidos também devem estar a disposição deles... eles, assim como você, precisam de alguém com quem eles possam contar! Talvez às vezes eles exijam mais de você do que você deles, o que você deve fazer é apenas ajudá-lo, não esqueça que um dia você pode precisar de alguém para fazer o mesmo...

Claro que vão haver aqueles que você pensa que estarão com você, mas quando você olhar do lado eles não estarão lá... haverá também aqueles que você queria que estivessem do seu lado, mas eles não vão querer o mesmo... mas esses, geralmente são minoria!

De qualquer forma alegremo-nos. Se estamos aqui hoje é porque pelo menos um alguém se preocupou conosco e nos ajudou a viver nos nossos primeiros dias. Se eu consegui escrever e você está conseguindo ler, houve um alguém que nos ensinou a arte de “juntar letras” e a decifrar esses “ajuntamentos”... se chegamos até aqui, no mínimo uma pessoa nos viu como especial em sua vida.

Quanto a planos mais complexos, se seu alguém ideal ainda não foi encontrado não se desespere! Ele também deve estar a sua procura... e como ninguém consegue fazer nada sozinho, vocês dois se procurando vão se encontrar logo logo! E não esqueça que da mesma forma que você precisa de alguém, em algum lugar alguém precisa de você para ser feliz!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Espelho, espelho meu...


Interessante. Quando nos olhamos no espelho, vemos aquilo que os outros vêem quando nos olham. Vemos a nossa “caixa”, nossa embalagem, como nos apresentamos. E mais interessante ainda é que a cada dia a imagem refletida é um pouco diferente do que vimos no dia anterior.

Às vezes nos achamos bem, com aparência tranqüila, feliz... outras vezes nos achamos deprimentes, temos um sentimento semelhante ao de piedade para com a nossa própria imagem; e é claro, que também existem aqueles dias que não resistimos e fazemos aquela pergunta clássica: “espelho, espelho meu... existe no mundo alguém mais belo do que eu!?” bom, ele não precisa falar, é só ligar a TV e você percebe que sim, existem vários alguém’s no mundo muito mais belos do que você!

È engraçado. Se somos os mesmos, porque temos tantas impressões diferentes de nossa própria imagem? Acho que a resposta é até um tanto quanto simples: o que define aquilo que vemos não é o reflexo no espelho.

Temos uma capacidade impressionante de cultivar por nós mesmos sentimentos que dificilmente nutrimos por outras pessoas. Passamos do amor incondicional ao ódio fervoroso em questão de minutos. E é o que estamos sentindo que nos faz nos ver de formas distintas. Da mesma maneira que o espelho reflete nossa imagem, nossa face reflete o nosso estado de espírito.

Se isso acontece quando nos observamos, por lógica, infere-se que nossas “turbulências sentimentais” também podem ser vistas pelos outros através de nossa aparência. Não é novidade pra ninguém que “os olhos falam mais do que mil palavras”... tá certo que isso é até “clichê”, mas não há como negar que é a pura verdade. Não adianta ter pele de pêssego se a fruta está podre por dentro não é?

Embora a imagem seja apenas uma “embalagem” como citei no início, qualquer embalagem sempre deixa transparecer nem que seja um pouco do conteúdo. Umas mais, outras menos, mas algo sempre é revelado. A transparência vária de embalagem para embalagem, da mesma forma que varia de pessoa para pessoa.

E não posso esquecer-me de citar o dito “a beleza está nos olhos de quem vê”, que também tem seu fundo de verdade. Quando estamos bem, tudo parece mais belo, inclusive as pessoas.

Trocando em miúdos, o que eu quero dizer é que mais importante do que uma bela caixa, é cuidar para que o interior esteja bem fortalecido e não se quebre com qualquer “chacoalhão”. Mesmo que a embalagem amasse um pouquinho, quando o presente vem em perfeito estado, todos ficam satisfeitos. E pensando bem, por que se preocupar com o embrulho se a gente sempre acaba rasgando o papel de presente?

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Que coisa não!?


Tem dias que me sinto como o Chaves; sozinho em meu barril. Sinto-me apertado dentro de um mundinho pequeno; um mundinho que de certa forma até me projete, mas ao mesmo tempo me impede de ver o que está ao meu redor.

Nesses dias eu fico pensando que “ninguém tem paciência comigo”, mas ao mesmo tempo também me pergunto, será que eu estou sendo paciente o suficiente? Ou o meu egoísmo não está me deixando perceber que por mais que eu grite “maamãaaaae” as coisas não vão acontecer do meu jeito?

Sinto-me sufocado, sem ter para onde fugir. Sinto-me escondido e ao mesmo tempo exposto, penso que o que me preocupa é o maior de todos os problemas do mundo, e é aí que olho para os quatro cantos e grito “Oh! E agora? Quem poderá me defender!?”

No barril, uma das maiores dúvidas que surgem é se devo ou não “me misturar com essa gentalha” que habita a vila lá fora. Mas também penso, será que eu também já não sou “gentalha”?

Muitas coisas vêm em minha mente, penso em tudo e em todos... penso no que poderia ter feito ontem, ou no que farei amanhã, mil assuntos circulam ao mesmo tempo em minhas ideias até que não agüento e grito pra mim mesmo “cale-se, cale-se se não você me deixa louco!”.

O que me conforta é que ao que tudo indica, (in)felizmente portar a síndrome de “Chavo del 8” não é um privilegio somente meu. Quem nunca levou um esporro do nada e ficou sem entender? Podendo dizer apenas “ora, mas não se irrite!”.

Fazer o que né? O ambiente na vizinhança às vezes é muito hostil, e precisamos do barril para nos esconder por alguns momentos. De lá, não vemos os brinquedos novos daqueles que tentam nos humilhar... e é lá que podemos esperar por eles para mostrá-los que também somos fortes e, se quisermos, somos capazes de estourar os seus balões.

Se bem que, estourar o balão nem sempre é a melhor solução, sabemos que “a vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena” e sabemos ainda que “as pessoas boas devem amar os seus inimigos”... é só decifrar qual o tempo certo de se esconder no barril e o tempo de caminhar pela vila... e as angústias e preocupações vão diminuindo... e é claro, não podemos nos esquecer que quando as coisas apertarem, ainda temos a possibilidade de passear pelo outro pátio...

È... quando crescemos somos obrigados a aprender que não adianta “contar tudo para a sua mãe”, as dificuldades vêm, e temos que saber conviver com elas. Todos passamos por isso, ou vai me dizer que “a sua vovozinha” nunca teve problemas? O certo é que não adianta se estressar! Quando você não conseguir ir a “Acapulco” é melhor se sentar “para evitar a fadiga”.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A "Fantástica Fábrica" de Sonhos!


Um dia vi um filme em que cinco crianças conhecem uma misteriosa fábrica de chocolates após encontrarem dentro de doces ingressos da cor de ouro...

Dentre os cinco felizardos, um deles, Charlie, encontra o cupom dourado na segunda barra de chocolates que comprou em toda a sua vida, os outros já haviam experimentado todas as guloseimas do mundo, e pra conseguir o cupom, só precisaram comprar mais alguns doces...

É engraçado como filmes fantasiosos nos dizem tanto... a verdadeira mensagem da “Fantástica Fábrica de Chocolates” não está gravada na película... e os “cupons dourados” vão muito além das barras “Wonka”!

Um bilhete de ouro pode nos levar a muitos lugares, a terras bastante cobiçadas, terras desabitadas, terras que nunca foram desbravadas por nenhum ser humano... contudo, o bilhete de ouro não garante a nossa permanência nessas terras fantásticas... apenas nos levam até lá...

Para manter uma “fábrica de sonhos” funcionando a todo vapor é preciso possuir muito mais do que um cupom de ouro... é preciso possuir uma “doçura” que nenhum dinheiro pode comprar... o brilho dourado deve ir além dos ingressos, deve fazer parte da essência do próprio ser humano.

Às vezes podemos pensar que os sonhos estão distantes, que são improváveis ou até mesmo impossíveis de se realizarem, mas talvez, o momento de encontrar o ingresso de ouro ainda não tenha chegado...

Encontrar um cupom dourado não é fácil para a maioria das pessoas, mas a minoria que encontra o cupom facilmente já apagou o brilho de ouro de sua personalidade, então, o ingresso já não tem muita serventia. Quando se observa demais para o “ouro externo”, o “ouro interno” acaba sendo ofuscado...

E o que fazer enquanto não encontro meu cupom? Em primeiro lugar, não deixar de cultivar o brilho dourado que carregamos dentro de nós, uma vez apagado, não adianta possuir o ingresso. Sem o “ouro interno”, a passagem pelas terras fantásticas será tão efêmera que vai parecer apenas uma miragem... um sonho bom...

E é claro, não podemos desistir de encontrar o cupom, se Charlie tivesse desacreditado, ele não teria chegado às terras fantásticas...

Quando o brilho dourado se mantém vivo na pessoa, encontrar o cupom é apenas uma questão de tempo. Sei que pode parecer difícil, mas um dia essa situação muda... Quando vai mudar? Segundo a mãe de Charlie, “na certa quando você menos esperar...”

terça-feira, 14 de setembro de 2010

No ar, mais um campeão de audiência...


Já perceberam como nas novelas tudo acontece de repente? As pessoas sofrem durante duzentos capítulos, aí chega o “grande final” e pronto, os problemas se acabam. Os mocinhos se casam, 90% das personagens femininas engravidam, os vilões morrem queimados e a “vida” de todos vira um mar de rosas...

Quem nunca quis pelo menos por um instante que sua vida fosse um capítulo final de novela? Dormir e acordar com tudo resolvido...

A principio todos podemos pensar que seria o máximo... mas refletindo melhor, talvez não. Vejamos, por que os problemas “novelísticos” se resolvem apenas no último dia? A resposta é simples: porque ninguém aguentaria assistir a um único capítulo só com aquela “felicidade” melosa! (Haja vista que os últimos 10 minutos dos episódios finais são quase insuportáveis).

Pois bem, em nossa vida fora do horário das “oito” acontece exatamente o mesmo! Precisamos de nossos “vilões” para apimentar nossos enredos...

Claro que não falo de vilões como os das novelas, que querem nos matar ou fazer de nossa vida um inferno... esses até que existem, mas ainda bem que são mais raros na realidade do que na ficção (pelo menos se disfarçam melhor!). Falo dos vilões que muitas vezes nós mesmos criamos, dos nossos medos, das nossas impaciências, do nosso pouco discernimento... das vendas que nós mesmos colocamos em nossos olhos...

Pensa bem, qual seria a graça de encontrar já tudo prontinho? Qualquer conquista, por menor que possa parecer, torna-se gigantesca quando vem depois de “uma penca” de obstáculos! Precisamos de cada dificuldade para aprender a valorizar o que é nosso. Embora não seja tão confortável, são nos momentos mais dolorosos que aprendemos a nos reerguer!

Não há como não aceitar! Todos temos uma Nazaré Tedesco em nossa vida! E, pior ainda, não sabemos viver sem ela... mas afinal, qual é a graça de Nazaré morrer agora? Ela tem que está viva pra assistir de camarote o seu triunfo! Até porque, se não fosse por ela, sua vida seria tão “melosa”, que talvez você já tivesse mudado de canal!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Coisas e Coisinhas


É engraçado e ao mesmo tempo aterrorizante como “coisas” que até bem pouco tempo não existiam em nossa vida de repente passam a ser indispensáveis. “Coisas” que vão chegando devagar, ganhando espaço em nossos pensamentos e quando percebemos estamos completamente dependentes.

Não. Não estou falando em internet, iPhones, iPad’s ou qualquer outro trambolho tecnológico, falo de “coisas” que se tornam realmente necessárias em nossa vida, não “coisinhas” que só são úteis até inventarem uma nova versão delas mesmas. “Coisas” extremamente antigas e assustadoramente atuais...

Um abraço daquele amigo de infância que você conheceu há um ano atrás, uma conversa “séria” com a sua “gangue” dos tempos da escola, que agora você só encontra uma vez por ano (quando encontra); um telefonema diário pra casa pra “saber se está tudo bem” (quando na verdade o que você quer mesmo é ouvir a voz deles).

“Coisas” pelas quais faz sentido levantar todos os dias e encarar esse “mundão de meu Deus”... “Coisas” que merecem ser lembradas, guardadas e principalmente carregadas em um departamento muito especial de nossa caminhada... que merecem ser grifadas com marca-textos fosforescente em nossa história. “Coisas” que, se não forem esquecidas ou abandonadas, têm a mesma duração que a nossa vida.

Sabe, temos muito pouco tempo, mas muito pouco mesmo. E devemos saber usá-lo... quando você menos esperar ... tudo terá acabado! E se as únicas “coisas” que você se preocupou em carregar foram “coisinhas” é uma pena amigo, pois na hora de sua maior e mais importante viagem, você vai perceber que na sua bagagem não tem nada do que você vai precisar!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Porque quem encontra um, encontra um tesouro!


Uma vez ouvi alguém dizer que os melhores amigos são aqueles que estão em casa. Sábio. Não há quem tome o lugar de nossos maiores e primeiros amigos. Porém, com o passar dos anos, percebemos que não é só em coração de mãe que sempre cabe mais um.

Crescemos, e percebemos que o sentido de amizade vai bem mais além do que alguém com quem brincamos, vai mais além do que uma parceria, e nos damos conta que da mesma forma que imaginamos a família como os melhores amigos, passamos a ver nos melhores amigos uma parte de nossa família.

Notamos que amigos continuam amigos mesmo afastados... e quando se reúnem novamente, é como se nunca tivessem se separado. Notamos ainda, que, quando estamos de coração aberto, as novas amizades surgem sem que percebamos...

A maturidade ainda nos faz perceber que amigos também dizem “eu te amo”, e essa mesma maturidade não nos deixa ter vergonha disso.

Outra vez, ouvi em algum lugar que ter um amigo é ter um irmão que mora em outra casa... disso discordo em parte... porque nem todos os irmãos são amigos, mas os amigos (os de verdade) são mais que irmãos...

Um amigo é uma extensão de nós, alguém que carrega um pouco (ou nem tão pouco assim) da gente... é alguém que levamos sempre conosco,é alguém de quem lembramos na rua e começamos a rir... é alguém que gostamos de ter por perto nem que seja pra “ficar sem fazer nada”! Como já foi dito antes de agora, quem encontra um amigo, encontra um tesouro...

E sabe aquela pessoa de quem você lembrou enquanto lia? Acho que ela também se lembraria de você! Telefona pra ela... que tal colocar o papo em dia?

Se você pensou em pelo menos uma pessoa enquanto lia o texto, alegre-se! Você está fazendo algo nesse mundo além de pagar contas...

domingo, 29 de agosto de 2010

Reviver...

Uma coisa é certa, o tempo não volta. A cada dia temos uma nova chance de recomeçar, acertando ou errando não importa, mas a oportunidade nos é dada todas as manhãs...

Todos os dias o livro de nossas vidas ganha uma nova página, em branco, prontinha para ser trabalhada... no decorrer do dia, vamos escrevendo nessa página a nossa história...

Algumas das páginas que já escrevemos servem apenas para tornar o livro maior, elas não dizem lá muita coisa... outras páginas, gostaríamos de arrancar desse livro, de queimar até... mas as páginas são todas interligadas, e não é possível escolher algumas delas para apagar de vez...

No livro ainda existe uma “terceira modalidade” de páginas, aquelas que não nos cansamos de ler, reler, e ler novamente... trechos que gostaríamos de escrever mais uma vez, todos os dias... o que, (in)felizmente não é permitido...

Não podemos transcrever o conteúdo exato já contido em uma página anterior, mas podemos tentar reescrever trechos com aquilo que temos em nossa mente... com aquilo que ainda lembramos!

Será um novo capítulo (tudo bem que um capítulo baseado em um trecho já escrito), mas um novo capítulo! Uma nova “historinha” dentro da grande história...

Não podemos voltar ao passado para reviver momentos de felicidade... mas podemos reviver esses momentos em nosso futuro...e até em nosso presente (agora mesmo, estou sentindo uma grande felicidade porque tive a oportunidade de reviver alguns dos mais belos versos escritos no livro de minha vida)...

Para que possamos “reviver” aquilo que nos faz bem, basta que não tenhamos esquecido que o que queremos sentir novamente já está escrito em nosso livro, em nossa história... já está dentro de nós...

Você só precisa fechar os olhos e procurar a página certa... uma boa história, sempre merece uma nova leitura...

E um último lembrete, sabe aquelas páginas que trazem as histórias tristes? É, elas não podem ser arrancadas... mas como elas são escritas com tintas bastante medíocres, elas vão desbotando pouco a pouco... e há quem diga que com o tempo, elas voltam a ser páginas em branco, apenas manchadas por rabiscos de traços mal escritos.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Já me decidi...

Decidi que não vou ter vergonha, decidi que quero gritar para o mundo inteiro ouvir, decidi que quero ser um instrumento da vontade dEle...

Em meio a tanta sujeira, consegui encontrar Aquele que é limpo, puro... o único que é digno de louvor e glórias... Ele me chamou e eu fui... da mesma forma que Ele sempre veio (e vem) quando preciso...

È muito fácil lembrar dEle nos momentos difíceis, quando precisamos de auxílio, de ajuda, de força... quero estar com Ele em todos os momentos... quero compartilhar com Ele minhas maiores alegrias, até porque, é Ele que me dá alegrias... é Ele que me faz ser feliz...

Sim, eu sou “crente” porque creio nEle... Sim, eu sou ”evangélico” porque creio nos princípios do Santo Evangelho... mas você deve estar pensando que sou “protestante” e não, protestante eu não sou... Não entendo porque as pessoas não entendem que um católico fale de Deus...

Por que não falar dEle, se é Ele que me faz ter forças para viver... se foi Ele mesmo que me deu a vida... se é Ele que me faz feliz, não importa o que aconteça...

Todos conseguem falar de tudo e de todos... mas quando falamos nEle, muitos torcem o nariz... mas na hora do desespero, de quem aqueles que torcem o nariz lembram primeiro??

Podem me chamar de “careta”... podem me chamar de “bobo”... podem me chamar de qualquer coisa... não estou aqui para agradar a ninguém se não a Ele...

Meu Pai não me acha “careta”, nem muito menos “bobo”... sou apenas um de seus filhos... e tenho a honra de poder dizer que um filho “muito amado”...

E que venham os desafios, que venham os problemas, que venham as “dores de cabeça”... nada consegue ser maior do que o amor que Ele sente por mim... não importa o tamanho do obstáculo, caminharei sobre ele, como Ele mesmo caminhou sobre as águas...

Não sou nada, apenas um grão de areia; mas Ele é tudo... e me carrega em suas mãos... Eu tenho sobre mim a marca do Deus vivo... Viverei pra proclamar as maravilhas que Ele fez em mim... até que o mundo inteiro possa a glória “dEle” resplandecer em minha face...

“Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, com toda a alma, com todas as forças e com toda a mente, e o próximo como a ti mesmo” (Luc 10, 27)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

... queria uma máquina do tempo...


Queria entrar em uma máquina do tempo. Dormir e acordar há um tempo atrás. Não precisaria me trazer de volta, bastaria me deixar no passado!

Queria, mais uma vez, acordar as pressas e correr pro colégio... “Assistir” aula de Biologia, Geografia, História, até de Física! Pedir os cadernos emprestados pra colocar a matéria em dia... Já que na sala eu não tinha escrito nada batendo papo...

Queria ser colocado pra fora de sala... Queria “colar” na prova... Queria cochilar nas aulas de Português... Queria não lanchar, pra “juntar” o dinheiro do lanche pra comprar alguma coisa que quisesse... Queria que minha única preocupação fosse passar de ano...

Queria chegar em casa com o almoço já pronto... Queria almoçar ainda de farda com minha vó dizendo: “Menino, vai 'se trocar' pra não sujar a roupa da escola...”

Queria ter a tarde inteira pra não fazer nada... Queria que a minha única dúvida do dia fosse: assistir ao “Cinema em Casa” ou a “Sessão da Tarde”...

Queria ir pra casa de minha tia brincar com meus primos, e voltar 15 minutos depois, após uma briga épica... e voltar no dia seguinte, para “brigar” de novo...

Queria poder abraçar mais uma vez aqueles que partiram... que se foram... Queria chorar mais uma vez minha saída de casa... Queria novamente passar pela aventura de dividir apartamento...

Queria ter a oportunidade de voltar atrás, e fazer tudo de novo, tudo exatamente como já fiz... Sorrir, chorar, errar, acertar, amar...! Tudo, tudo milimetricamente igual ao que aconteceu antes... Só que dessa vez, consciente da felicidade plena vivida...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

No meu mundo feliz...


Às vezes, o que vemos quando estamos de olhos fechados é mais belo do que quando estamos com eles abertos. No nosso mundinho, tudo é tão simples! Tudo é tão fácil... Tudo é tão nosso!

Não nos decepcionamos. Não entristecemos. Não nos sentimos perdidos. Não nos sentimos ignorados. Não nos sentimos desprezados. Tudo acontece a nossa maneira, conforme o planejado.

Quem não queria, por pelo menos um instante, que seu mundinho particular se tornasse real? Não existiriam problemas, nem preocupações, haveria apenas a felicidade de existir.

È possível ser feliz no mundo real, mas a crueldade da realidade insiste em nos perturbar.

Os amigos, que não são amigos; os amores, que não são amores (pelo menos não como queríamos que fossem); os problemas, que surgem quando pensamos que está tudo bem.

È tão bom quando fechamos os olhos e podemos ser felizes de forma plena. Quando estamos sozinhos com nós mesmos, não precisamos desse mundo sujo, falso e complicado. Tudo que queremos está ao nosso alcance, ou melhor, está dentro da gente.

E o melhor: no final, tudo fica como queremos, do jeitinho que sempre imaginamos.

Tudo bem que esse pensamento possa parecer egoísta. Mas no mundo real, se não nos permitimos ser egoístas de vez em quando, perdemos a capacidade de acreditar em nós mesmos, em nossa força, e nos tornamos fracos, como o mundo quer que sejamos...

Em nosso mundinho, estamos protegidos daquilo (e daqueles) que nos machuca, que nos fere, que tenta nos diminuir.

Ainda bem que temos o nosso refúgio, onde podemos enxergar o nosso verdadeiro tamanho. Sentir o nosso verdadeiro perfume. Perfume esse, que só espera por uma oportunidade, para se espalhar pelo mundo real.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Ser Pai...


Pois é. Domingo é dia dos pais. Dia de olharmos para aquele homem que temos como exemplo de força e caráter e dizer: "Pai, eu te amo".

Claro. Todos os dias são dias dos pais e das mães. Todos os dias são dias para amá-los e respeitá-los, mas, já que o segundo domingo de agosto foi reservado para os pais, não há como não enxergar esse dia como especial.

E nessa data pergunto, o que é ser pai!? Cada um teria uma resposta para esse questionamento, porque cada um tem um exemplo de pai. Mas acredito que todos concordam que ser pai é muito mais que contribuir para a nossa formação com uma célula.

Os laços de paternidade vão muito além de códigos genéticos e laços consangüíneos.

O verdadeiro pai é aquele que te escolhe como filho, sem se importar se você é ou não filho biológico.

O verdadeiro pai é aquele que te carrega no colo e te protege de todos os riscos na infância. Que se preocupa com o seu bem estar, que quando deita a noite, dorme tranqüilo, porque sabe que o seu filho está em segurança, já dormindo no quarto ao lado.

O verdadeiro pai é aquele que te olha nos olhos e, sem pronunciar nenhuma palavra, te diz todo o amor que sente por você. O verdadeiro pai é aquele que vem na sua mente quando você pensa em chamar por alguém para te ajudar.

É aquele que você vai abraçar domingo e dizer: pai te amo!

Infelizmente, eu não tenho mais esse direito. Deus me deu um pai maravilhoso. Um exemplo de caráter, de força, de dignidade. Que me ensinou o que é ser gente. Um verdadeiro presente. Um presente que só pude ter por perto durante 18 anos. Mas que foi, é, e sempre será meu único e verdadeiro pai.

Domingo, não vou poder abraçá-lo, nem dizer que o amo. Mas como já citei, laços de paternidade vão muito além de códigos genéticos, vão além da própria vida. Então, poderei ainda amá-lo, na certeza de que, onde ele está, ele está tranqüilo, porque sabe que me deixou em segurança.

Não são todos que tem a mesma sorte que eu tive. De ter um grande homem como pai. Mas também não podemos nos esquecer de que temos um Pai maior, o “Papai do Céu” que nos ama antes de nossa própria criação.

Ser pai é amar! Simples assim... aqueles que não conseguem entender essa simplicidade, são como eu também já citei, apenas uma célula.

Amor de Pai

E, para o dia dos pais, um vídeo que nos dá um pouco da dimensão do amor que o nosso maior Pai sente por nós! Observe, e veja o que foi feito por você...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Quem é o "deficiente"?


É muito fácil. É muito fácil falar que há acessibilidade quando consigo confortavelmente subir escadas com minhas duas pernas que funcionam perfeitamente.

È muito fácil falar que há acessibilidade quando tenho dois olhos que vêem, e conseguem distinguir as cores de um semáforo. Que sabem diferenciar o verde do vermelho, e me informam com precisão e segurança se posso, ou não, atravessar a rua.

È muito fácil falar que há acessibilidade quando tenho dois ouvidos que ouvem. Que fazem ter sentido aquele movimento constante que todos fazem de abrir e fechar a boca quanto querem se comunicar, que me possibilitam também de aprender a executar tais movimentos.

É muito fácil falar que há acessibilidade quando minha mente sabe distinguir o real da fantasia. Quando meu “juízo” sabe que, embora eu tenha meu “mundinho”, eu tenho que me comportar nesse “mundão” do qual todos fazem parte, e quando eu sei todas as regras de comportamento desse “mundão”.

Mas o que dizem aqueles que têm olhos que não vêem, pernas que não andam ou ouvidos que não ouvem!? Será que para eles também é fácil falar em acesso!?

Agora, de que me adianta ter olhos que vêem, se não consigo enxergar que nesse “mundão” existem pessoas que não conseguem pegar um ônibus para ir trabalhar, ou subir uma calçada na rua porque a cadeira de rodas “empanca” no degrau.

De que me adianta ter duas pernas e dois braços que funcionam perfeitamente, se nada faço para pelo menos minimizar as dificuldades dessas pessoas? De que me adianta ter uma mente que distingue o real da fantasia, se nem se quer me preocupo essas dificuldades? De que me adianta ter ouvidos que ouvem, se não ouço quando uma dessas pessoas me pede ajuda na rua?

Aí eu pergunto: Quem é o deficiente? Uma pessoa que tem olhos que não vêem, ou uma pessoa que tem olhos que vêem, mas não enxergam!? Uma pessoa que é feliz em seu mundo de fantasia, ou alguém que não se conforma com essa felicidade e tenta exterminá-la das formas mais cruéis? Uma pessoa que precisa de ajuda para se locomover, ou uma SOCIEDADE que se recusa a ajudar?

sábado, 31 de julho de 2010

"Pirlimpimpim"


Que atire a primeira pedra quem nunca pensou o que desejaria se encontrasse uma “lâmpada mágica”. Entra ano, sai ano; o tempo passa, mas volta e meia um gênio aparece por aí oferecendo-nos três desejos!

Bom, se realmente existissem lâmpadas e gênios, meu primeiro pedido seria ter mais 100 desejos... =D... depois eu pensaria pacientemente antes de pedir cada coisa!

Lâmpadas, gênios, fadas madrinhas, varinhas de condão. As histórias nos ensinam desde cedo que nossos sonhos são realizados facilmente. Basta pedir; que alguém com uma roupa colorida vai dizer uma palavra mágica e tudo estará ali. Prontinho.

Não sou contra os contos de fadas. Quando criança, é muito bom ouvir histórias com um final feliz. Mas não podemos esperar que a nossa fada madrinha bata em nossa porta num domingo pela manhã.

No mundo de hoje, nós somos nossos próprios gênios. E se não trabalharmos duro, não conseguiremos realizar nem um dos nossos desejos, que dirá três!

Mas acontece que muita gente fica só esperando. Cresce, mas continua acreditando que vai dar de cara com sua fadinha a qualquer momento. São justamente esses, que não conseguem um “happy end”.

Não é impossível viver feliz para sempre, pelo contrário, é até muito fácil. Mas o que nos vai fazer ser feliz não é uma senhora fofinha com um graveto na mão.

Algumas pessoas realmente têm sorte, e conseguem realizar seus sonhos facilmente (essas são as exceções que fogem a regra).

Nós que fazemos parte da maioria, temos que colocar nossos pezinhos no chão, e ter a consciência que “Cinderela” e “Branca de Neve” já dão muito trabalho às fadas madrinhas; e principalmente, que aquilo que ganhamos com o “pó de pirlimpimpim” se esvai das nossas mãos com mais facilidade que o próprio pó!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

E se o mundo fosse igual a um Musical!?


Às vezes queria que a vida real fosse igual a um musical. Não seria demais se você estivesse caminhando pelo meio da rua e, do nada, saísse cantando uma música, com todo mundo ao redor fazendo coro e coreografia?

Não. Eu não bebi nem fiz uso de nenhuma substância tóxica ou alucinógena. Seria sim muito bom que a vida tivesse um “Q” de musical.

Quando estivéssemos felizes, sairíamos gritando um refrão contagiante, arrastando uma multidão com o mesmo sentimento. Ou então, estaríamos por ali só de passagem, e começaríamos a acompanhar a coreografia.

Nos momentos tristes, as músicas seriam as mais lentas e reflexivas, e é claro, seriam cantadas com lágrimas. E o melhor, se você estivesse cantando a música triste, e avistasse ao longe um “grupo feliz” poderia simplesmente mudar de repertório.

É tão fácil expressar os sentimentos com canções! Não há quem não tenha pelo menos uma “música da sua vida”; porque não cantá-la com todos, gritando pro mundo a sua felicidade ou ira.

Já percebeu como a dor parece menor quando é cantada? Fica até agradável. E a felicidade então! Essa é multiplicada por 100 quando ganha uma melodia.

Tudo bem. Assumo. Se a vida fosse igual a um musical o mundo seria bastante surreal. E, mais dia menos dia, tudo se transformaria numa baderna incontrolável, principalmente porque, diferente dos filmes, onde só existe um protagonista, no “mundo real” todos somos protagonistas, e em algum momento faltaria figuração para as “performances”.

Mas, já que não podemos ser um musical, não concordo que sejamos uma “ficção científica”. O quê? Não entendeu!? Olhe a sua volta, e veja como o mundo está cada vez mais parecido com uma cena de “Eu, Robô”!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

...meu melhor Amigo...

Hoje preciso falar de um Amigo. Um Amigo muito especial, que já deveria ter sido mencionado aqui. Um Amigo que me escolheu pra ser Seu antes mesmo que eu nascesse. Um Amigo que é mais que um simples Amigo, é tudo o que eu preciso para ser feliz.

É Ele que não deixa que eu me sinta sozinho, mesmo quando olho para os quatro cantos e não vejo ninguém. É Ele que está segurando minhas mãos quando estou sem sono, ou quando me encolho assustado debaixo do cobertor.

É Ele que me acorda todas as manhãs, e me puxa da cama quando estou com preguiça. É Ele que me ouve quando preciso desabafar, que escuta todas as minhas preocupações e inquietações, e que me abraça dizendo que tudo vai ficar bem.

É Ele que me dá forças para seguir em frente, em direção ao desconhecido, me dizendo que vai me acompanhar em toda minha caminhada, que vai me ajudar a superar cada obstáculo, e que vai me carregar em Seus braços quando me faltarem as forças.

Foi Ele que fez o maior de meus medos ser apenas mais um pequeno susto. Foi Ele que me fez dar certo, quando eu tinha tudo para dar errado. Foi Ele que olhou nos meus olhos e me disse: vem comigo, porque Eu estou contigo. Foi Ele que me ensinou, e me mostrou, o verdadeiro sentido da palavra amar.

É Ele que me faz ser feliz, em toda em qualquer circunstância, mesmo quando tudo parece estar desmoronando. É por Ele que sorrio, porque é Ele que me faz sorrir! É com Ele que eu choro, porque só Ele é capaz de me fazer chorar de felicidade. É por Ele que eu vivo, porque foi Ele quem me deu a vida.

È Ele que habita meu coração, que toma conta de mim, e de tudo e todos que amo. É Ele que me faz dormir tranqüilo, porque sei que mesmo com um mundo inteiro pra cuidar, Ele está aqui pertinho, e não vai deixar que nada de mal me aconteça.

È Ele, que está agora do meu lado, guiando meus pensamentos para escrever esse texto. E é Ele que está aí com você enquanto você lê.

É Ele que está aqui me dizendo que também quer ser seu amigo, e que só está esperando que você abra as portas do seu coração, para que Ele possa entrar e fazer de lá a Sua morada.

É Ele, meu melhor Amigo, meu Pai, meu Irmão, meu Senhor, meu Rei, meu único e verdadeiro Deus!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O meu "País das Maravilhas"!


Quando assistimos a um filme de uma menina que vive sonhando acordada e sai perseguindo um coelho falante de terno e gravata até uma terra maravilhosa não percebemos o quanto a pequena Alice tem a ver com cada um de nós.

Todos perseguimos um coelho falante; todos temos um país, que consideramos mágico por algum motivo, e que esperamos encontrar em algum momento.

È esse “coelhinho” que nos faz acreditar que podemos sair de nosso mundinho cinza, para habitar uma terra onde os sonhos são mais reais do que nós mesmos.

Algumas pessoas, como eu =D por exemplo, tentam perseguir mais de um coelho ao mesmo tempo, uns que caminham mais rápido do que os outros, e uns que já chegaram ao seu destino. Destino esse, que mesmo que por um segundo, foi maravilhoso.

Não posso falar pelos outros, pois cada um só tem o poder de enxergar seu próprio coelho, ou coelhos, de terno e gravatas. Mas sei que muitos, por algum motivo, perderam seu pequeno roedor de vista, e se conformaram em fazer da sua vida um livro sem gravuras.

Mas posso falar de mim, que continuo seguindo minha ninhada de coelhos, que só aumenta a cada dia.

Não me preocupo nem um pouco por eles serem muitos, incontáveis. Todos eles sabem que não posso segui-los ao mesmo tempo. Aqueles que me levarão a terras mais distantes, estão me aguardando mais adiante, e embora eu esteja um pouquinho afastado, jamais os perco de vista.

E enquanto isso, estou traçando pequenos caminhos, de coelhos que me levam a países não tão distantes, mas igualmente maravilhosos.

Que os coelhos das terras distantes vão esperar por mim até poder acompanhá-los não tenho a menor dúvida, pois como disse Alice: “Esse sonho é meu!”, e eu preciso chegar ao país para que ele se torne “das maravilhas”!

domingo, 18 de julho de 2010

João Henrique Chegou!

Estava pensando em um assunto interessante ao ponto de merecer ser o tema de minha primeira postagem neste blog, como imaginei várias coisas e não considerei nenhuma digna de inaugurar este espaço, resolvi escrever sobre o meu próprio blog!

Esse bichinho tá pra ser criado há muito tempo, e sempre fui adiando; mas se a Cleycianne tem um blog, porque eu ainda não tinha!? Boa pergunta! Não sei responder o porquê de minha adesão a “blogosfera” ter demorado tanto a acontecer, mas isso não importa mais, afinal, estou aqui!

E sobre o que vou falar aqui não sei dizer... na verdade vou falar sobre o que me der vontade, afinal o blog é meu! =D Serei sério, quando for preciso, mas se você me conhece sabe melhor do que eu que não deve esperar de mim 100% de seriedade.

Vou falar sobre coisas que me divertem, como também sobre coisas que me envergonham e me decepcionam com o mundo e a humanidade.

Se gostar volta e lê mais! Se não gostar, volta também pra ver se muda de ideia! Prontos ou não, estou aqui! João Henrique chegou! @jhmedeiros ;D