terça-feira, 22 de março de 2011

Don't stop Believin'


Seria tão legal se certo tipo de situação só existisse na ficção. Sabe, só acontecesse em novelas, seriados norte-americanos, filmes e afins... mas embora esse seja um desejo que possa ser de muitos, não podemos negar que certos fatos continuarão “inspirando” e movimentando a vida e a arte pelo menos por mais algum tempo.

Não falo de tragédias de produções hollywoodianas como “2012” que parecem cada vez mais próximas da realidade. Falo de pequenas tragédias, provocadas pela ação humana, e que podem ser muito mais destrutivas do que qualquer tsunami.

A crueldade deve ser algo inato ao ser humano, só isso pode justificar o quanto algumas crianças podem ser tão cruéis já nos primeiros anos de vida.

Quando a gente carrega algum objeto, que sabemos que é frágil, carregamos com o maior cuidado, para não provocar nenhum dano. Com as pessoas deveríamos fazer o mesmo. Mas ainda usando a analogia com o objeto, muitos, ao perceberem a fragilidade da pessoa com quem estão lidando, fazem questão de "jogá-la no chão".

E não são todos que encontram força para se remontar. Muitos seguem a vida “aos cacos”, sem conseguir esquecer aqueles momentos em que eram “quebrados”.

Posso estar exagerando, mas atrevo-me a dizer que “bullying” é uma questão de saúde pública. Sem sombra de dúvidas ele acontece em todas as escolas, e o pior, a vítima (ou o agressor) pode estar em sua casa!

Precisamos ensinar nossas crianças a lidar com as diferenças de forma saudável e natural ainda em casa, para evitar que burrices e crueldades sejam cometidas por elas na rua. E devemos ensiná-los também que as aparências são só um envelope, um embrulho, e o que realmente importa não pode ser visto com os olhos da face. Devemos ajudar a construir pessoas seguras de si na primeira infância, para que ninguém tente destruir suas pequenas vidas por motivos quaisquer.

Não é fácil sair de uma situação em que todos te julgam sem ao menos lhe conhecer. E não é nada fácil conviver com uma ou mais pessoas que tem por meta diária te importunar e atormentar. Mas é preciso se preparar pra isso, por que o mundo está lá fora, e a crueldade junto com ele.

Com um tempo, alguns conseguem perceber que aqueles que atiram pedras só querem tentar quebrar o inquebrável. A cobra só quer destruir o vagalume porque não suporta seu brilho. Mas nem todos são capazes de enxergar isso, principalmente quanto passam a acreditar que o erro está neles, e não em quem os aponta.

Taí a importância de ensinar a cada um desde cedo a enxergar o que realmente importa. A enxergar as “cores verdadeiras” do mundo e das pessoas. Para se obter força, é preciso exercício. E é melhor que esse exercício seja feito em casa através do diálogo do que na rua por meio de tortura psicológica.

O que incomoda as pessoas cruéis é não conseguir sair de sua normalidade. Então, presos a sua existência vazia, querem esvaziar todos os outros: “já que eu não posso ser como ele, ele deve ser igual a mim”...

E todos aqueles que construíram grandes trajetórias começaram de baixo, remontando “cacos”. Você não pode abaixar a cabeça para aqueles que tentam te derrubar, eles querem ser como você, e como não conseguem, tentam te transformar em alguém como eles: perdedores!

Você sabe quem você é. E não importa o que o mundo diga, esse “eu” que existe em você só será atingido com a sua permissão. Proteja-o dos olhos invejosos e cruéis, eles estarão bem perto para tentar te copiar. E acima de tudo, não perca a chance de lutar pelo que você deseja só porque alguém disse que você não é capaz. Voar não é impossível para aqueles que tem asas. Don't stop Believin'

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