quinta-feira, 24 de março de 2011
You're Everything
O que explica você olhar ao redor, não ver ninguém, mas mesmo assim sentir a presença mais pura e sublime ao seu lado? O que explica você ver o mundo inteiro caindo aos seus pés e sentir que esses mesmos pés estão sendo sustentados por uma força que você sabe que não tem, mas que sente que está em você?
Como explicar a beleza que há em ouvir o silêncio? Silêncio que te mostra quem você é e por onde deve ir. Silêncio que ressoa a cada instante, pedindo incessantemente que não ouçamos os ruídos que tentam nos desconcentrar.
Como explicar a luz que se faz nos lugares onde menos esperamos, e nos mostra onde devemos pisar? Luz que simplesmente “ilumina”, mas dá a tudo e a todos um novo sentido.
Como explicar um abraço tão forte, sem que ao menos um músculo seja mexido? Abraço que te dá a força necessária para enfrentar qualquer coisa que possa vir a acontecer, e que te lembra que mesmo que não haja ninguém por perto, você não está sozinho.
Como explicar esse olhar? Olhar que só transmite doçura, e que em qualquer circunstância nos vigia de perto, não nos perde de vista e não desiste de nos tentar ensinar a olharmos uns aos outros de maneira igualmente doce.
E como explicar esse amor? Tão puro e inocente. Amor em sua plenitude, amor que nós não sabemos sentir, amor sem maldade, sem interesses, sem intenções obscuras. Amor que só de sabermos que Ele sente por nós, nos faz adormecer de modo mais tranquilo.
Pois é, a questão está exatamente aí. Não precisamos tentar explicar o inexplicável, apenas nos entregarmos a naturalidade do sobrenatural.
Às vezes procuramos muito por tudo o que pensamos que é preciso para construir nossa “felicidade”. E não percebemos que tudo o que precisamos está ao nosso lado, está dentro de nós, está conosco. Não enxergamos que temos tudo gratuitamente e que “tudo” não é muito. Que “tudo” é só este silêncio audível que na maioria das vezes não somos capazes de ouvir.
terça-feira, 22 de março de 2011
Don't stop Believin'
Seria tão legal se certo tipo de situação só existisse na ficção. Sabe, só acontecesse em novelas, seriados norte-americanos, filmes e afins... mas embora esse seja um desejo que possa ser de muitos, não podemos negar que certos fatos continuarão “inspirando” e movimentando a vida e a arte pelo menos por mais algum tempo.
Não falo de tragédias de produções hollywoodianas como “2012” que parecem cada vez mais próximas da realidade. Falo de pequenas tragédias, provocadas pela ação humana, e que podem ser muito mais destrutivas do que qualquer tsunami.
A crueldade deve ser algo inato ao ser humano, só isso pode justificar o quanto algumas crianças podem ser tão cruéis já nos primeiros anos de vida.
Quando a gente carrega algum objeto, que sabemos que é frágil, carregamos com o maior cuidado, para não provocar nenhum dano. Com as pessoas deveríamos fazer o mesmo. Mas ainda usando a analogia com o objeto, muitos, ao perceberem a fragilidade da pessoa com quem estão lidando, fazem questão de "jogá-la no chão".
E não são todos que encontram força para se remontar. Muitos seguem a vida “aos cacos”, sem conseguir esquecer aqueles momentos em que eram “quebrados”.
Posso estar exagerando, mas atrevo-me a dizer que “bullying” é uma questão de saúde pública. Sem sombra de dúvidas ele acontece em todas as escolas, e o pior, a vítima (ou o agressor) pode estar em sua casa!
Precisamos ensinar nossas crianças a lidar com as diferenças de forma saudável e natural ainda em casa, para evitar que burrices e crueldades sejam cometidas por elas na rua. E devemos ensiná-los também que as aparências são só um envelope, um embrulho, e o que realmente importa não pode ser visto com os olhos da face. Devemos ajudar a construir pessoas seguras de si na primeira infância, para que ninguém tente destruir suas pequenas vidas por motivos quaisquer.
Não é fácil sair de uma situação em que todos te julgam sem ao menos lhe conhecer. E não é nada fácil conviver com uma ou mais pessoas que tem por meta diária te importunar e atormentar. Mas é preciso se preparar pra isso, por que o mundo está lá fora, e a crueldade junto com ele.
Com um tempo, alguns conseguem perceber que aqueles que atiram pedras só querem tentar quebrar o inquebrável. A cobra só quer destruir o vagalume porque não suporta seu brilho. Mas nem todos são capazes de enxergar isso, principalmente quanto passam a acreditar que o erro está neles, e não em quem os aponta.
Taí a importância de ensinar a cada um desde cedo a enxergar o que realmente importa. A enxergar as “cores verdadeiras” do mundo e das pessoas. Para se obter força, é preciso exercício. E é melhor que esse exercício seja feito em casa através do diálogo do que na rua por meio de tortura psicológica.
O que incomoda as pessoas cruéis é não conseguir sair de sua normalidade. Então, presos a sua existência vazia, querem esvaziar todos os outros: “já que eu não posso ser como ele, ele deve ser igual a mim”...
E todos aqueles que construíram grandes trajetórias começaram de baixo, remontando “cacos”. Você não pode abaixar a cabeça para aqueles que tentam te derrubar, eles querem ser como você, e como não conseguem, tentam te transformar em alguém como eles: perdedores!
Você sabe quem você é. E não importa o que o mundo diga, esse “eu” que existe em você só será atingido com a sua permissão. Proteja-o dos olhos invejosos e cruéis, eles estarão bem perto para tentar te copiar. E acima de tudo, não perca a chance de lutar pelo que você deseja só porque alguém disse que você não é capaz. Voar não é impossível para aqueles que tem asas. Don't stop Believin'
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